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VR "não dá nem para o cheiro", dizem bancários

Linha fina
Para 82%, aumento do Vale Refeição tem de ser prioridade na Campanha Nacional; alimentação em restaurantes aumentou 10,71% em um ano
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São Paulo – O preço dos alimentos subiu e almoçar fora está cada vez mais caro para os bancários. A refeição em restaurantes aumentou 10,71% em um ano, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

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Os bancários estão sentindo a alta e afirmam que com o tíquete da categoria, de R$ 21,72 por dia, já não é possível fazer uma refeição decente. Na consulta realizada pelo Sindicato em junho, com mais de nove mil bancários, 82% responderam que vale-refeição e alimentação maiores deveriam ser prioridade na Campanha Nacional Unificada 2013.

“Os R$ 21 não dão nem para o cheiro”, diz um bancário que trabalha na Avenida Paulista. “Gasto uma média de R$ 35 por dia. Se pedir uma água, pode incluir no mínimo mais R$ 3 na conta. Com esses preços é impossível o vale durar até o fim do mês e lá pelo dia 20 a gente já começa a pagar o almoço com cartão de crédito”, completa.

A categoria reivindica vale-refeição, e também o alimentação, no valor mensal de R$ 678 cada, além da 13ª cesta-alimentação.

Subindo – Uma pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) justifica a reivindicação dos bancários. De acordo com o levantamento, o aumento do preço de uma refeição fora de casa foi ainda maior do que a mostrada pelo IPCA, passando de R$ 22,37, em 2012, para R$ 27,40, alta de 22%.

A região Sudeste, segundo a pesquisa da Assert, é a que apresenta o valor mais elevado: R$ 29,51. Na região metropolitana de São Paulo, os preços de uma refeição são ainda mais salgados, com o valor médio atingindo R$ 31,54, em média.

Um bancário do Bradesco que trabalha em Alphaville, no município de Barueri, na grande São Paulo, corrobora o valor apontado na pesquisa da Assert. “Por aqui o preço médio de uma refeição varia de R$ 34 a R$ 46. Tem que maneirar na fome, senão o vale-refeição não chega nem na metade do mês.”

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Rodolfo Wrolli – 17/9/2013

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