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Bancários querem proposta decente nesta sexta

Linha fina
Pressão da greve forçou bancos a negociar; trabalhadores do setor que mais lucra seguem mobilizados por aumento decente para salários, PLR, vales, proteção aos empregos, melhores condições de trabalho
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Cláudia Motta, Redação Spbancarios
8/9/2016


São Paulo – Os bancários fizeram o maior primeiro dia de greve da história. O recorde na terça-feira 6 levou a federação dos bancos (Fenaban) a convocar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação na sexta 9.

Os representantes dos trabalhadores voltam à mesa com a mesma postura que tiveram nas cinco rodadas realizadas até agora: cobram aumento decente para salários, PLR, vales, proteção aos empregos, melhores condições de trabalho.

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“Os bancários trabalham para o setor que mais lucra no Brasil. Somente nos primeiros seis meses deste ano, BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander, os bancos que compõem a mesa de negociação, lucraram juntos R$ 29,7 bilhões. Não tem crise para banqueiro, não pode ter para bancário”, reforça a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Os trabalhadores já deram mostras da disposição de luta nesses primeiros dias de paralisação. Então, se os bancos querem o fim da greve, têm de trazer proposta que mereça ser apreciada pela categoria e não o que trouxeram na última rodada de negociação e que levou à paralisação nacional”, afirma a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.

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Assembleias já rejeitaram  Em 29 e 30 de agosto a Fenaban propôs 6,5% de reajuste para salários e demais verbas (perda real de 2,8%), manutenção da PLR nos mesmos moldes de 2015, abono de R$ 3 mil a ser pago uma única vez. Para as demais reivindicações da categoria, um sonoro não. Em assembleia realizada no dia 1º, trabalhadores de todo o Brasil rejeitaram e votaram pela greve por tempo indeterminado.

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“Ou seja, não adianta os bancos continuarem enviando comunicados internos para tentar convencer os bancários sobre uma proposta que já foi rejeitada. Com essa política de abono e reajuste salarial rebaixado, não tem acordo. Querem levar a categoria de volta aos anos 1990, quando acumularam enormes perdas salariais. Não queremos retrocesso”, ressalta Juvandia.

“Vamos voltar para a mesa, nesta sexta, com toda disposição para resolver a Campanha Nacional Unificada 2016. Mas os bancos já sabem: temos prioridades como a proteção aos empregos. Até julho deste ano os bancos extinguiram quase 8 mil empregos bancários. Isso tem de parar, os bancos devem isso aos bancários e a toda sociedade”, reforça a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

Assembleia – Uma assembleia está marcada para segunda-feira 12, na Quadra dos Bancários, a partir das 17h. Os trabalhadores devem levar crachá do banco e documento com foto para o credenciamento. Nesta sexta-feira, às 17h, os trabalhadores reúnem-se no Comando de Greve na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413).

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