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Felipe Rousselet
6/9/2016
São Paulo – Desde 2004, os bancários conquistam, na luta, aumento real. Em 12 anos, a categoria acumulou 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
Mas nem sempre foi assim. Entre 1995 e 2003, no período em que Fernando Henrique Cardoso era presidente da República, funcionários de bancos privados, como Bradesco, Itaú e Santander, tiveram perdas salariais de 8,6%, do Banco do Brasil 36,3%, e da Caixa 40%. Sob políticas neoliberais de FHC – e que voltam a ser propostas pelo atual governo –, não foram só os bancários os prejudicados. O conjunto dos trabalhadores viveu uma época de desemprego, privatizações, arrocho salarial e precarização das relações trabalhistas.
Mobilizados no primeiro dia de greve, bancários do Centro de São Paulo reafirmaram sua disposição para que a lógica da era FHC não se repita com Temer na Presidência. “Nos últimos anos tivemos aumento real, garantimos nosso poder de compra, mas na época do FHC tivemos perdas muito grandes. Acho muito importante que todos participem da greve para que aqueles tempos não voltem”, disse uma bancária do Banco do Brasil. Emprego e PLR maior também são reivindicações.
> Dez motivos que levaram à greve
Perguntada sobre qual a maior dificuldade de se trabalhar no banco, outra bancária do BB não teve dúvidas: a cobrança por metas. “As relações de trabalho são muito ruins. A cobrança por resultados sem dúvida é o que mais me incomoda. Então, agora também podemos cobrar valorização.”
Um empregado da Caixa enfatizou: “Não é justo que joguem a crise nas costas dos trabalhadores. Até porque, com crise ou sem, os resultados são garantidos”.
Para a secretaria de Comunicação do Sindicato, Marta Soares, a ampla mobilização da categoria vai assegurar uma greve bem sucedida. “Estamos vivendo hoje um resgate de políticas neoliberais pelo atual governo, que são de interesse dos seus apoiadores, aqueles que pavimentaram o caminho até o poder: os grandes empresários, rentistas e o sistema financeiro. Portanto, para assegurar uma greve bem sucedida, com aumento real e outros avanços, precisamos mais do que nunca da participação de todos os bancários. Não vamos aceitar qualquer direito a menos ou perda salarial. Só a luta te garante”, afirma a dirigente.
> Veja orientações para e participe!
“Os bancos, que tiveram lucro líquido de quase R$ 30 bilhões no primeiro semestre, fizeram uma proposta de reajuste abaixo da inflação, com perda salarial de 2,8% para os bancários. Além disso, não resolveram um problema grave hoje na categoria que são as demissões. São mais de 7 mil de postos de trabalho cortados em 2016. Queremos o fim das demissões, que eles reponham essas vagas e resolvam a Campanha dos bancários, sem perdas salariais obviamente. 25% das categorias fecharam com aumento real no 1º semestre. E os bancos, o setor mais lucrativo do país, querem fechar com perda salarial para a categoria (...) Os bancos não tem crise. Então, os bancários não podem ter crise”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Leia mais
> Veja as reivindicações da categoria
> Agenda e resultados das negociações
6/9/2016
São Paulo – Desde 2004, os bancários conquistam, na luta, aumento real. Em 12 anos, a categoria acumulou 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
Mas nem sempre foi assim. Entre 1995 e 2003, no período em que Fernando Henrique Cardoso era presidente da República, funcionários de bancos privados, como Bradesco, Itaú e Santander, tiveram perdas salariais de 8,6%, do Banco do Brasil 36,3%, e da Caixa 40%. Sob políticas neoliberais de FHC – e que voltam a ser propostas pelo atual governo –, não foram só os bancários os prejudicados. O conjunto dos trabalhadores viveu uma época de desemprego, privatizações, arrocho salarial e precarização das relações trabalhistas.
Mobilizados no primeiro dia de greve, bancários do Centro de São Paulo reafirmaram sua disposição para que a lógica da era FHC não se repita com Temer na Presidência. “Nos últimos anos tivemos aumento real, garantimos nosso poder de compra, mas na época do FHC tivemos perdas muito grandes. Acho muito importante que todos participem da greve para que aqueles tempos não voltem”, disse uma bancária do Banco do Brasil. Emprego e PLR maior também são reivindicações.
> Dez motivos que levaram à greve
Perguntada sobre qual a maior dificuldade de se trabalhar no banco, outra bancária do BB não teve dúvidas: a cobrança por metas. “As relações de trabalho são muito ruins. A cobrança por resultados sem dúvida é o que mais me incomoda. Então, agora também podemos cobrar valorização.”
Um empregado da Caixa enfatizou: “Não é justo que joguem a crise nas costas dos trabalhadores. Até porque, com crise ou sem, os resultados são garantidos”.
Para a secretaria de Comunicação do Sindicato, Marta Soares, a ampla mobilização da categoria vai assegurar uma greve bem sucedida. “Estamos vivendo hoje um resgate de políticas neoliberais pelo atual governo, que são de interesse dos seus apoiadores, aqueles que pavimentaram o caminho até o poder: os grandes empresários, rentistas e o sistema financeiro. Portanto, para assegurar uma greve bem sucedida, com aumento real e outros avanços, precisamos mais do que nunca da participação de todos os bancários. Não vamos aceitar qualquer direito a menos ou perda salarial. Só a luta te garante”, afirma a dirigente.
> Veja orientações para e participe!
“Os bancos, que tiveram lucro líquido de quase R$ 30 bilhões no primeiro semestre, fizeram uma proposta de reajuste abaixo da inflação, com perda salarial de 2,8% para os bancários. Além disso, não resolveram um problema grave hoje na categoria que são as demissões. São mais de 7 mil de postos de trabalho cortados em 2016. Queremos o fim das demissões, que eles reponham essas vagas e resolvam a Campanha dos bancários, sem perdas salariais obviamente. 25% das categorias fecharam com aumento real no 1º semestre. E os bancos, o setor mais lucrativo do país, querem fechar com perda salarial para a categoria (...) Os bancos não tem crise. Então, os bancários não podem ter crise”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
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