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Greve é também contra sobrecarga no Bradesco

Linha fina
Mesmo com aumento no número de clientes por funcionário, direção do banco reduziu número de trabalhadores por agência; paralisação nacional da categoria também é por mais contratações
Imagem Destaque
Redação spbancarios
13/9/2016


São Paulo – Fim das demissões e mais contratações. Essa é uma das principais reivindicações da greve dos bancários. Mesmo com lucro de R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre, um resultado de saltar os olhos, os cinco maiores bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) cortaram 6.785 postos de trabalho no período. Além da precarização do atendimento à população, a sobrecarga de trabalho enfrentada pelos bancários é outra grave consequência dessa política, que pode levar ao adoecimento do trabalhador.

O Bradesco é um dos exemplos de como, mesmo com demanda crescente, os bancos reduzem o número de funcionários.

Entre junho de 2015 e o mesmo mês deste ano, o número de clientes por empregado no Bradesco aumentou de 802 para 869, crescimento de 8,2% em 12 meses. Além disso, a relação da receita com taxas e tarifas de cada cliente, por funcionário, cresceu 13,95%; e a carteira de crédito por bancário aumentou 1,4%. Apesar da maior demanda, e dos bons resultados, o banco reduziu em 1,7% o número de bancários por agência.

Adoecimento – A categoria bancária é uma das que mais adoecem por razões relacionadas à atividade laboral. Em média, todos os anos, 18 mil trabalhadores do setor financeiro são afastados das suas atividades. Dentre todos os encaminhamentos de bancários feitos pelo Sindicato aos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST), em 2015, 33% foram relacionados a LER/Dort; 60% registrados como transtornos mentais e 7% como outros problemas e acidentes.

Esse é um quadro que precisa mudar e os bancários já sabem: só a luta te garante!
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