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Greve: quase 60 mil bancários parados e crescendo

Linha fina
Na sexta 16 greve chegou a 943 locais em São Paulo, Osasco e região; para pressionar a Fenaban por proposta decente e denunciar a ganância dos bancos à população, os bancários fazem passeata nesta segunda 19, pelas ruas do Centro. A concentração é às 17h, na sede do Sindicato
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Cláudia Motta, Redação Spbancarios
16/9/2016 (atualizada às 17h42 de 17/9)


São Paulo – Dia frio, mas ânimo quente. Na sexta-feira, 11º dia da greve dos bancários, mais de 59 mil trabalhadores mantiveram as atividades paralisadas em 943 locais de trabalho de todas as regiões de São Paulo e de Osasco.

Orientações para a greve

Desses, 28 eram centros administrativos como o Santander (Casas 1 e 3), o Vila, o prédio da Pamplona e a Konecta. O prédio da 15 de Novembro do BB também ficou fechado, assim como o Itaú BBA no prédio da WTorre, o CA Pinheiros, o Brigadeiro, o ITM, CTO e CAT, os contingenciamentos nas ruas Fábia e Jundiaí. Na greve, ainda, o Casp do HSBC, o Bradesco Prime, da Paulista, o Alphaville, a Nova Central e o Telebanco Santa Cecília. Os empregados da Caixa, na Gipes Ipiranga e Penha, no prédio da Paulista e na Superintendência Regional da Penha também pararam.

“O setor que mais lucra no Brasil, se recusa a pagar aumento digno a seus funcionários, respeitar os empregos, dar condições de trabalho e de atendimento. A greve continua e a culpa é dos bancos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

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Passeata -  Os bancários realizam nesta segunda 19 uma passeata pelas ruas do Centro. A concentração é em frente à sede do Sindicato (Rua São Bento, 413), a partir das 17h, para denunciar à população que, se a campanha não se resolveu até agora, a culpa é dos banqueiros. Participe, só a luta te garante!

Estrago – A força da mobilização diária dos bancários retrata a revolta da categoria diante da postura da federação dos bancos. Na quinta 15, a Fenaban voltou à mesa de negociação e pela segunda vez não trouxe nenhuma proposta. Insistiram no índice de reajuste de 7% – que representa 2,39% abaixo da inflação – com abono de R$ 3.300.

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“O banco é um [a bancária usa um termo impublicável]. Querem dar um reajuste abaixo da inflação e um abono que é só um cala a boca que não vai incorporar no FGTS, no salário. É lamentável”, revoltou-se uma trabalhadora do Itaú em greve, na região da Paulista.

Um gerente do Bradesco descreveu o estrago que a postura dos bancos faz, mesmo depois que a greve acaba. “Uma proposta rebaixada como essa, caso fosse aceita, acabaria se refletindo no desempenho das pessoas durante todo o ano. Como gerente, fico de mãos amarradas, pois não teria como motivar as pessoas a melhorar o desempenho. Isso piora por praticamente não haver perspectiva de evolução profissional, já que o plano de carreira do banco não é claro.”

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