Analistas e assistentes do Núcleo Inteligente de Prevenção à Fraude (NIPF), que funciona no Vila Santander Paulista, estão sendo escalados para trabalhar de dois a três fins de semana por mês. Segundo denúncias ao Sindicato, alguns funcionários trabalham sete dias seguidos, de domingo a sábado, o que significa uma sobrecarga de trabalho em uma área estratégica para monitoramento, apuração de operações fraudulentas e clonagem de cartões.
André Bezerra, dirigente sindical e bancário do Santander, lembra que a direção do Santander, em uma atitude injusta, dados os sucessivos recordes de lucro do banco, demitiu mais de 100 trabalhadores no NIPF entre os meses de maio, junho e julho.
“Antes das demissões, o NIPF tinha mais de 250 trabalhadores fazendo a prevenção de fraude e revertendo prejuízos ao Santander, e eles eram escalados para trabalhar um fim de semana no mês. Após a drástica redução da equipe, há essa irregularidade nas escalas, com alguns funcionários trabalhando dois, outros três finais de semana no mês, sem equilíbrio adequado. Há quem trabalhe de domingo a sábado direto, outros não”, enfatiza.
“É importante dizer que, enquanto os funcionários são submetidos a escalas abusivas, o lucro do Santander no primeiro semestre do ano foi de quase R$ 6 bilhões, 27,5% maior em relação ao mesmo período de 2017. Ainda assim, de abril a junho, o Santander cortou 847 postos de trabalho, um absurdo”, complementa o dirigente.
O Sindicato entrou em contato com o Santander, que informou que irá padronizar as escalas, de modo a não acontecer mais as disparidades denunciadas. O Sindicato estará de olho e fiscalizará o cumprimento do compromisso assumido pelo banco.