Na última quarta-feira 4 aconteceu, em Curitiba, reunião entre a direção do Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, juntamente com dirigentes sindicais de São Paulo, Paraná, Bahia e Pernambuco, para tratar de assuntos de interesse dos atendentes das Centrais de Relacionamento (CRBB).
“Apresentamos a atual pauta de reivindicações do conjunto de funcionários das CRBB, buscando soluções para problemas elencados quanto às condições de trabalho, valorização e encarreiramento, que são temas de muita interesse desses trabalhadores, visando uma melhor relação laboral com o Banco do Brasil”, relata a dirigente sindical de São Paulo, Ana Beatriz Garbelini.
O banco recebeu as questões apresentadas e irá analisa-las de forma cuidadosa, uma vez que muito do que foi discutido nessa mesa temática tem relação com o atual perfil de atendimento negocial implementado pelo BB, cuja mudança tem ignorado o perfil dos trabalhadores, o que acarreta em cobrança excessiva de metas e risco de adoecimento.
“É preciso entender que os atendentes prestam há tempos serviços de consultoria financeira e realizam negócios, com impacto positivo no resultado das agências, onde fica o sentimento de que não são devidamente valorizados pelo Banco do Brasil, sem excetuar-se a cobrança de metas negociais abusivas, hoje idênticas às da rede de agências” explica Antônio Netto, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP
Na mesma reunião, o BB informou que irão ocorrer mudanças na estrutura das Gerências Regionais de Gestão de Pessoas (Gepes), no intuito de dar soluções mais próximas e efetivas às unidades da empresa. Um dos segmentos de atendimento das Gepes será responsável por tratar de assuntos referente às Centrais de Relacionamento, visando melhorias na gestão dos recursos humanos, treinamentos e gestão de conflitos.
“Serão realizados outros encontros para dar tratamento ao tema, nos quais acreditamos que nossas reivindicações serão acolhidas pelo banco, uma vez que são justas e necessárias, inclusive para que sejam alcançados os objetivos negociais do banco e, principalmente, para o adequado enquadramento das atividades dos colegas atendentes”, avalia Getúlio Maciel, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e membro efetivo da Comissão de Empresas dos Funcionários do BB.
Questões apresentadas e debatidas
- Cargos vagos que não são repostos por falta de concursos para contratação de novos funcionários;
- Funcionários sentem-se pouco reconhecidos, ainda que sejam bem qualificados com cursos, graduação, pós-graduação e certificações;
- Diferença entre cobrança em relação a metas e disponibilidade para atendimento, de acordo com a tipificação de atendimento;
- Falta de clareza nas metas e a cobrança é excessiva;
- Falta de clareza nos critérios para pagamento do PDG;
- Falta de plano de carreira na CRBB e perspectiva profissional (Plano de Cargos e Salários);
- Falta de programas adequados de capacitação dos funcionários para o atendimento de determinados “skills” (produtos de investimento/captação, ações etc.), embora detenham certificação (CPA20/CEA) para esse tipo de atendimento;
- Sobrecarga de ligações para o atendimento do ATA das agências e demais atendimentos devido à falta de funcionários e ligações sem pausas adequadas;
- Valorização dos atendentes/consultores, com valor de referência (VR) compatível com as metas de negócios e que seja atrativo para o encarreiramento no BB.