A Quadra dos Bancários recebeu nesta terça-feira, 5 de setembro, o ato de lançamento do plebiscito popular contra as privatizações do Metrô, CPTM e Sabesp.
A iniciativa é parte de uma grande campanha - encabeçada pelos sindicatos Metroviários, Sintaema, dos Ferroviários e o da Central do Brasil, e apoiada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e CUT-SP, entre outras entidades dos movimentos sindical e sociais - para esclarecer a opinião pública sobre os danos das privatizações programadas pelo governador Tarcísio de Freitas.
O plebiscito acontece até o dia 5 de outubro, com votos coletados em diversos locais públicos de São Paulo, além de entidades dos movimentos sociais e sindical. Participe votando NÃO às privatizações da Sabesp, Metrô e CPTM.
As privatizações, defendidas pelo governador Tarcísio de Freitas e sua base aliada na Assembleia Legislativa de São Paulo, acarretarão em tarifas mais caras e serviços piores para a população.
"Para nós, bancários, é muito importante estarmos juntos nessa luta, que não é só dos trabalhadores destas empresas públicas, dos setores diretamente envolvidos, mas que é sim de toda a população de São Paulo", enfatizou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro.
"Temos de pensar em que cidade queremos, onde queremos viver. Ter transporte público, ter água, ter bancos públicos e empresas públicas preservadas. O debate do que é público é para todos, como fazemos no Sindicato, é muito importante (...) Não à privatização. Vamos à luta e vamos vencer", acrescentou.
Linhas 8 e 9: serviço pior após privatização
Os paulistanos já tiveram uma péssima experiência com a privatização das linhas 8 e 9 da CPTM, no governo Dória. Desde que a empresa ViaMobilidade assumiu a operação das linhas, a população convive com acidentes, descarrilamentos, velocidade reduzida, entre outros problemas.
De acordo com pesquisa Datafolha - contratada pela própria ViaMobilidade, por obrigação contratual - a satisfação média com o serviço das linhas 8 e 9 caiu de 85%, quando eram operadas pela CPTM, para pouco mais de 50% entre 2021 e 2022, já privatizadas.
O "exemplo" do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro também é um exemplo de como as privatizações podem ser prejudiciais para a população. Hoje, a capital fluminense conta com os serviços de trens e metrôs mais caros do Brasil.
No caso da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro), após a privatização a tarifa aumentou e o serviço piorou. Donos de bares e restaurantes chegaram a denunciar um aumento de até 800% nas contas de água logo após a empresa Águas do Rio assumir a companhia. Além disso, o percentual de tratamento de esgoto caiu 7% entre 2020 e 2021, e aumentou o número de reclamações por falta de água.