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Campanha Nacional Unificada: Avanços se somam às mais de 100 cláusulas da CCT

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Foto: SEEB/SP

A Campanha Nacional Unificada 2024 foi uma das mais desafiadoras dos últimos anos. Embora estejamos em uma conjuntura positiva na política e na economia, os bancos apostaram no retrocesso dos direitos dos trabalhadores. Tivemos longas rodadas de negociação, discutindo ponto a ponto da minuta, a partir da consulta com a categoria e da definição das pautas nas Conferências Estadual e Nacional.

Em meio a esta conjuntura, estabelecer ganhos para a categoria não foi tarefa fácil. Após treze rodadas de negociação, os trabalhadores avançaram em importantes cláusulas na mesa de negociação que são referência nos acordos trabalhistas, com alguns acordos inéditos em convenções coletivas, como o combate ao assédio moral e sexual, isonomia salarial entre homens e mulheres, promoção do acesso e da permanência de pessoas LGBTQIA+ nos bancos, entre outras. Convencionar as cláusulas representa um reconhecimento à realidade da categoria e, assim, ter ambientes de trabalho mais saudáveis e justos.

Já em relação aos ganhos financeiros, é importante mencionar o impacto em toda a economia brasileira. Para 1º de setembro de 2024, o reajuste será de 4,64% para salários e todas as verbas (VA e VR, PLR, auxílio-creche e demais cláusulas econômicas) – o que representa 0,72% de aumento real, sobre uma inflação projetada de 3,89%. Para 2025, o acordo prevê aumento real de 0,6% sobre salários e demais verbas. Considera-se ainda a antecipação reajustada da PLR para setembro e a 13ª do auxílio alimentação para outubro.

Nossa união fez com que eles recuassem e conseguimos um acordo com ganhos reais e com proposta de avanços para 10 novas cláusulas. Esses avanços se somam às mais de 100 cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), das quais 85% preveem direitos acima do que determinam as leis trabalhistas.

Entre as conquistas sociais deste ano, estão o abono de ausência para conserto ou reparo de próteses aos trabalhadores com deficiência; iniciativas de requalificação para que os trabalhadores se adaptem às mudanças tecnológicas, com ênfase às mulheres; e Censo da Diversidade.

Diante deste cenário, o Comando indica a aprovação da proposta. Sabemos que a organização e a união da categoria são essenciais na luta pela manutenção e geração de emprego, por um processo de digitalização inclusivo, que atenda às necessidades da sociedade e proporcione relações de trabalho que assegurem o bem-estar social dos bancários. O Sindicato está atento aos retrocessos impostos pelo sistema financeiro, cujo objetivo é reduzir custos e maximizar lucros. Nossa luta é também por uma regulamentação do Sistema Financeiro que garanta estabilidade e tenha um papel central no desenvolvimento econômico e social do país.

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