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O reajuste de 3,5%, conquistado para todos os bancários do Brasil, de bancos públicos e privados, vale para os salários e todas as demais verbas de natureza salarial, como vales refeição (R$ 13,89/dia), alimentação (R$ 238,07/mês), auxílio-creche (171,13/mês) e pisos. Como a data-base da categoria é 1º de setembro, os valores reajustados serão pagos retroativamente a esta data.
PLR – A partir da assinatura do acordo, os bancos privados e a Nossa Caixa terão até dez dias para fazer o crédito da primeira parcela da participação nos lucros e resultados (PLR) que será de 80% do salário mais o valor fixo de R$ 828. Além desse valor, a PLR conquistada após seis dias de greve conta com um adicional variável, entre R$ 1.000 e R$ 1.500, que vai depender do crescimento do lucro de cada banco e será pago até o início do mês de março de 2007.
Os bancários do BB receberão, 48 horas após a assinatura do acordo, PLR semestral de 95% do salário, parte fixa de R$ 412, mais R$ 1.819,49 (equivalente a 4% do lucro líquido linear dividido por todos os funcionários), além do módulo-bônus que varia de acordo com a referência salarial da função. Na Caixa, a PLR é o equivalente a 80% do salário (sem teto), mais o valor linear de R$ 3.167. O pagamento será feito em duas parcelas: 60% em até 10 dias após a assinatura do acordo e o restante em março de 2007.
“Os bancários saíram, mais uma vez, vitoriosos de uma greve. Se dependesse da vontade dos banqueiros, nem aumento real teríamos. Foi a mobilização dos trabalhadores que garantiu o reajuste e ainda uma nova conquista que é o adicional da PLR, que ninguém mais tira dos bancários”, garante o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Dias parados – Em reunião com os bancos federais, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu barrar o desconto dos dias parados. Ficou acertado, assim como para os funcionários de bancos privados e da Nossa Caixa, que os dias parados serão compensados no máximo até 31/12/2006; depois dessa data, serão anistiados. “Foram os banqueiros que levaram os trabalhadores à greve, recusando-se a negociar e depois fazendo propostas que não contemplavam o aumento real. Não admitimos que haja desconto no salário de qualquer trabalhador por ter exercido seu legítimo direito de greve”, afirma Marcolino.