São Paulo – A não divulgação de informações relevantes sobre a situação do Cruzeiro do Sul será motivo para que Luis Octávio Índio da Costa, ex-presidente do banco, seja julgado novamente. A Comissão de Valores Mobiliários marcou para 13 de novembro o julgamento do banqueiro, que está preso em São Paulo.
Segundo a CVM, Índio de Costa desrespeitou resolução do órgão que estabelece a divulgação de fato relevante no caso de a informação "escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou a eles referenciados".
Prisão - Índio da Costa foi preso pela Polícia Federal na segunda 22. Conforme o inquérito instaurado, são apurados crimes contra o sistema financeiro, o mercado de capitais e por lavagem de dinheiro. Na terça 23, a PF cumpriu também mandado de prisão domiciliar contra Luis Felippe Índio da Costa, pai de Luiz Octavio.
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Liquidação extrajudicial - O Banco Central decretou em setembro a liquidação extrajudicial do Cruzeiro do Sul após o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que vinha administrando a instituição desde 4 de junho, não ter conseguido comprador para a empresa.
Auditoria divulgada em 14 de agosto apontou rombo de R$ 2,236 bilhões nas contas do banco. O Cruzeiro do Sul trabalhava principalmente com empréstimos consignados, aqueles com desconto direto no salário ou aposentadoria.
O FGC buscava comprador para a instituição para evitar que o banco fechasse as portas. Entretanto, as negociações falharam.
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Redação, com informações do G1 – 25/10/2012