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Caixa: parados setores de crédito e apoio a agências

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Empregados da Gilog e Gilie, na Paulista, reclamam de assédio moral pesado e sobrecarga de trabalho
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São Paulo – Mais setores estratégicos da Caixa foram paralisados nesta greve. O centro administrativo da Rua Joaquim Eugênio de Lima, na região da Avenida Paulista, que abriga a Gilog, Gilie, além de parte da superintendência nacional e uma das vice presidências do banco, dentre outras, teve suas atividades interrompidas nesta quarta-feira 8, vigésimo primeiro dia de greve nacional da categoria.

> Vídeo: matéria especial da Gilog

A Gilog (Gerência de Logística Filial), responsável pela infraestrutura das agências e lotéricas, é o setor mais preocupante. Os empregados sofrem com o assédio moral e a crônica falta de pessoal. A Gilie cuida da área de credito imobiliário. 

“Os gerentes gerais das superintendências regionais pressionam para que as novas agências sejam entregues antes do prazo estabelecido”, diz um empregado da Gilog.

Superintendências regionais são departamentos responsáveis pelos negócios das agências, com cada uma atendendo a aproximadamente 40 unidades.

A prática, além de ferir as normas do banco, acarreta em sobrecarga de trabalho e assédio moral.  “É preciso haver profissionalismo e respeito, não só com os empregados, mas também com as normas da Caixa”, afirma o bancário.

Ele acrescenta que os gerentes gerais das superintendências regionais se valem dos seus cargos para pressionar. “Eles dão a típica carteirada, vêm com aquele papo de ‘você sabe com quem está falando’”, diz o bancário.

Cada superintendência regional tem um empregado consultor vinculado à Gilog responsável por fiscalizar a manutenção das agências sob a égide daquela superintendência. “Quando um desses consultores está de férias, outro empregado tem que acumular a fiscalização das suas agências e as do bancário de férias, o que demonstra a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho”, diz um empregado da Gilog.

Comprometimento - O diretor executivo do Sindicato Kardec de Jesus afirma que a Gilog funciona apenas graças ao comprometimento dos empregados “As coisas só acontecem porque eles dão o sangue pela Caixa. Se fossem esperar a boa vontade de outros setores, o departamento já teria travado de vez”, diz.

Outras formas de desrespeito foram relatadas pelos empregados do centro administrativo que conta com 200 bancários da Caixa mais 80 terceirizados. Eles contam que muitas vezes precisam trabalhar no final de semana, se deslocar com veículo próprio e usar celular pessoal.

“E a Caixa, alegando falta de verba, não paga sobreaviso e nem reembolsa o que foi gasto com celular e combustível. Precisamos de melhor infraestrutura e mais mão de obra com urgência”, diz um empregado.

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Rodolfo Wrolli - 9/10/2013

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