Pular para o conteúdo principal

Campanha soma R$ 8,7 bilhões à economia

Linha fina
Somente repasses resultantes da antecipação da PLR, paga nos últimos dias, significa R$ 2,8 bilhões circulando pelo mercado nacional
Imagem Destaque

São Paulo - A campanha nacional dos bancários vai injetar mais de R$ 8,7 bilhões na economia brasileira. O montante é 14,5% maior que o do ano passado.

De acordo com a Rais 2012 (dados do Ministério do Trabalho e Emprego), no Brasil há 512.835 bancários. Assim, o reajuste de 8% conquistado para os salários representa acréscimo anual de cerca de R$ 2,8 bilhões na economia. Só em São Paulo, Osasco e região esse número chega a R$ 887 milhões.

Em âmbito nacional, a PLR injetará por volta de R$ 5,3 bilhões na economia nos próximos 12 meses. Na antecipação do pagamento, o impacto foi de em torno de R$ 2,8 bilhões.

Os dados levam em conta, ainda, os recursos do reajuste de 8% nos vales refeição e alimentação que representam impacto adicional de?R$ 429 milhões em um ano – na base do Sindicato será de R$ 119 milhões. E a nova conquista do vale-cultura, que soma R$ 9,4 milhões ao mês e R$ 113 milhões ao ano para todo o país.

“O resultado da nossa luta não atinge somente nossa categoria. Toda a economia do país é favorecida”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Parabéns a todos os bancários que fizeram e fazem parte dessa luta.”

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, faz coro à importância da campanha dos bancários. “Esses recursos financeiros, considerando a grande capilaridade da categoria bancária, ajudarão economias locais, mas também as grandes metrópoles, com impactos positivos no comércio varejista em geral, em restaurantes, supermercados e em estabelecimentos de cultura, estabelecimentos educacionais e de cuidados pessoais, gerando assim, um movimento positivo nesses setores.”

Novas conquistas – Além dos reajustes e do novo vale-cultura, os bancários garantiram na luta da Campanha Nacional Unificada 2013, outras novas conquistas.

Contra a pressão por metas, está acordada a proibição de envio de torpedos (via SMS) para o celular do bancário. Além disso, o instrumento de combate ao assédio moral também está sendo aprimorado, com redução do prazo de retorno dos bancos sobre as denúncias feitas pelos sindicatos: de até 60 dias caiu para até 45 dias.

Também será estabelecido um grupo de trabalho para debater os motivos que levam aos altos índices de afastamento por doença na categoria bancária.

Vale lembrar, ainda, que foi graças à força dos trabalhadores na mesa de negociação, que os bancos não descontaram os dias parados na greve, nem conseguiram forçar a compensação total durante 180 dias. Pelo estabelecido no acordo, será de no máximo uma hora por dia até 15 de dezembro. Isso corresponde à anistia de 71% do tempo parado.


Redação - 28/10/2013

seja socio