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Pressão não vai resolver a paralisação

Linha fina
Banco do Brasil desconta vale Ao invés de negociar, bancos utilizam interditos, polícia e até mandam arrancar material de esclarecimento sobre paralisação
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São Paulo - O setor que mais lucra no Brasil e um dos que têm maior rentabilidade parece não ter capacidade para resolver a greve na mesa de negociação e está apelando. Além da pressão diária sobre os trabalhadores para que não participem da mobilização – com torpedos, mensagens e ligações telefônicas – ou que se submetam a contingenciamentos precários, os bancos estão apelando com todas as suas forças para os interditos proibitórios e até chamando a polícia com o objetivo de cassar o direito dos trabalhadores.

E isso tudo apesar de a lei de greve (7.783/89), em seu artigo artigo 6º, parágrafo 2º afirmar ser “vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.

Mais duas liminares chegaram ao Sindicato nessa terça-feira. O Santander – que não havia garantido a liminar na Vara do Trabalho – impetrou mandado de segurança e conseguiu. E a Caixa, também alcançou para a cidade de Osasco.

O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Ou seja, é usada de forma inapropriada pelos bancos, com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve. Mas os empregadores não podem tolher o direito dos grevistas de esclarecer os colegas e os clientes sobre o movimento, inclusive com material de divulgação como faixas e jornais.

Outros – O Sindicato está adotando as medidas judiciais contra todos os interditos: além do Santander e da Caixa, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú.


Redação - 2/10/2013

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