São Paulo - No primeiro dia de trabalho após a greve, na segunda 14, um gestor de uma área do Banco do Brasil em São Paulo promoveu represália aos trabalhadores que participaram do movimento. Ele afirmou que todos os funcionários seriam transferidos por aderir à paralisação.
Ao ser notificado, o Sindicato cobrou explicações dos superiores do gestor, em São Paulo e em Brasília. O assunto foi tratado em reunião entre dirigentes sindicais e representantes do banco público na terça 15, na qual a empresa informou que não haveria transferências. Essa mesma informação foi confirmada pelos responsáveis pelo setor na quarta 16.
A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, que acompanhou o caso, afirma que a entidade está atenta para coibir esse tipo de postura em todos os bancos. “O Sindicato não vai abrir mão do direito constitucional à greve. Transferir funcionários ou alterar o período de férias como represália à participação na greve é inaceitável, injusto e ilegal. É uma prática antissindical. Todo o trabalhador que tiver ciência de atitude similares deve entrar em contato conosco, o mais rápido possível, para que tomemos as medidas cabíveis”, alerta.
A dirigente destaca que o movimento de greve não é promovido para prejudicar nenhum funcionário, mas para garantir direitos e arrancar conquistas. “Os trabalhadores não fazem greve contra os seus gerentes, mas contra a política do banco como um todo”, explica.
Renato Godoy – 16/10/2013
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Gestor de um setor de São Paulo afirmou que transferiria os bancários por terem aderido à greve
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