São Paulo – Os bancários do BB que trabalham no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e na CABB (Central de Atendimento do Banco do Brasil), lotados no Complexo Verbo Divino, estão dando um verdadeiro show de mobilização e luta. Desde o primeiro dia de greve, trabalhadores da concentração localizada na zona sul da capital paulista estão de braços cruzados por reajuste salarial digno e melhores condições de trabalho.
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“Temos que estar unidos e fortes. O banco sempre vai tentar justificar que não pode dar o aumento, mas os números dizem o contrário. Para enfrentar essa intransigência temos que ter responsabilidade. Não podemos fazer um movimento sem estarmos todos alinhados na busca pelos nossos objetivos”, afirma um funcionário do CABB.
“Existem muitas pessoas que vivem em função do trabalho, mas temos que trabalhar em função da vida. É preciso denunciar o que está errado nas relações de trabalho, que hoje pendem para o lado do patrão. Temos que mostrar força para equilibrar essa balança”.
Para o bancário, além da questão da remuneração, o Banco do Brasil precisa melhorar as condições no Complexo Verbo Divino.
“O prédio foi construído para ser um centro de processamento de dados. Para abrigar máquinas e não pessoas. O ar-condicionado não funciona direito e a sala de operação, por exemplo, não tem janelas. É um ambiente claustrofóbico e insalubre. Também existem questões de sobrecarga de trabalho e do plano de carreira. Existem poucas chances de ascensão e os critérios não garantem livre concorrência”, critica.
Manifestação – Nesta quinta-feira 15, décimo dia de greve, será realizado um ato no Complexo Verbo Divino a partir das 9h. A manifestação foi aprovada na assembleia organizativa da terça-feira 13.
“O ato tem o objetivo de demonstrar mais uma vez a força da nossa mobilização. A unidade dos funcionários do Banco do Brasil. Tão importante quanto a manifestação em si, é que cada trabalhador saia de lá com a disposição e a garra para convencer outros colegas a aderirem ao movimento e assim ampliar a greve para cada vez mais locais de trabalho”, explica o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil João Fukunaga.
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Felipe Rousselet – 14/10/2015