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São Paulo – Os bancários da zona sul de São Paulo pararam nesta terça-feira 13, oitavo dia da greve nacional da categoria, para protestar contra a proposta de reajuste de 5,5% feita pela federação dos bancos (Fenaban) e também contra a pressão por metas abusivas.
> Oitavo dia paralisa 851 agências
> Fotos: galeria com imagens da zona sul
No Itaú, além de os bancos precisarem melhorar a proposta, garantindo ganho real nos salários, vales e Participação nos Lucros e Resultados, um trabalhador diz ser essencial rever a política de metas. “Saio de casa pensando nas metas do dia e quando retorno da agência continuo com aquilo na cabeça. Nem durmo direito à noite. Creio que elas (as metas) poderiam ser algo mais perto da realidade.”
As metas também se tornaram pesadelo no Santander. “O duro é quando você está perto de alcançar e simplesmente recebe a notícia de que mudou, aumentou mais. Isso, além de ser um grande desrespeito, causa um desânimo muito grande”, diz um bancário. “Ao mesmo tempo aumenta a cobrança. Dizem que temos de provar sermos competentes. Ouço isso o tempo todo. E quando acha que, ao menos, vai ter um reajuste decente, nos vêm com isso. É ridículo.”
Reajuste e emprego - Um funcionário do Bradesco foi contundente ao dizer que o mês está cada vez mais longo. “Com o que ganho, mal pago a faculdade e dependo da ajuda de meus pais para me manter. O que querem nos dar de aumento chega a ser piada. Fiz as contas e esse percentual aplicado ao vale-refeição representa menos de R$ 1,50 ao dia. Nessa região a refeição está por volta de R$ 30. Ou seja, vou ter de continuar completando do bolso para almoçar.”
No HSBC, o reajuste maior só perde para a reivindicação de manutenção do emprego. “O clima é tenso. Estamos preocupados com o futuro. Tenho muito tempo de bancária, não somente no HSBC, e acho que esse é o pior momento que já vivi. Creio que se tivéssemos certeza de que não seremos mandados embora nessa incorporação pelo Bradesco tudo ficaria melhor. Por isso acho que essa greve é tão importante.”
Segurança – Um vigilante de banco afirma que apoia a greve dos bancários. “Trabalho lado a lado com esses ‘meninos’ e acho esse movimento sensacional. Tenho certeza de que eles vão conseguir aumento maior, eles merecem.”
Sobre a segurança nas unidades, afirma que precisa melhorar bastante. “Em muitos lugares são apenas dois vigilantes. O ideal seria pelo menos três, pois temos de ficar atentos todo o tempo e isso é muito desgastante. Também acho que o bancário não pode ficar com a chave da agência, pois ele acaba sendo visado e vítima de sequestro.”
O fim das metas abusivas, melhorar a segurança em todas as unidades e a manutenção do emprego também constam da pauta da categoria e aguardam resposta da Fenaban.
Jair Rosa – 13/10/2015
> Oitavo dia paralisa 851 agências
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No Itaú, além de os bancos precisarem melhorar a proposta, garantindo ganho real nos salários, vales e Participação nos Lucros e Resultados, um trabalhador diz ser essencial rever a política de metas. “Saio de casa pensando nas metas do dia e quando retorno da agência continuo com aquilo na cabeça. Nem durmo direito à noite. Creio que elas (as metas) poderiam ser algo mais perto da realidade.”
As metas também se tornaram pesadelo no Santander. “O duro é quando você está perto de alcançar e simplesmente recebe a notícia de que mudou, aumentou mais. Isso, além de ser um grande desrespeito, causa um desânimo muito grande”, diz um bancário. “Ao mesmo tempo aumenta a cobrança. Dizem que temos de provar sermos competentes. Ouço isso o tempo todo. E quando acha que, ao menos, vai ter um reajuste decente, nos vêm com isso. É ridículo.”
Reajuste e emprego - Um funcionário do Bradesco foi contundente ao dizer que o mês está cada vez mais longo. “Com o que ganho, mal pago a faculdade e dependo da ajuda de meus pais para me manter. O que querem nos dar de aumento chega a ser piada. Fiz as contas e esse percentual aplicado ao vale-refeição representa menos de R$ 1,50 ao dia. Nessa região a refeição está por volta de R$ 30. Ou seja, vou ter de continuar completando do bolso para almoçar.”
No HSBC, o reajuste maior só perde para a reivindicação de manutenção do emprego. “O clima é tenso. Estamos preocupados com o futuro. Tenho muito tempo de bancária, não somente no HSBC, e acho que esse é o pior momento que já vivi. Creio que se tivéssemos certeza de que não seremos mandados embora nessa incorporação pelo Bradesco tudo ficaria melhor. Por isso acho que essa greve é tão importante.”
Segurança – Um vigilante de banco afirma que apoia a greve dos bancários. “Trabalho lado a lado com esses ‘meninos’ e acho esse movimento sensacional. Tenho certeza de que eles vão conseguir aumento maior, eles merecem.”
Sobre a segurança nas unidades, afirma que precisa melhorar bastante. “Em muitos lugares são apenas dois vigilantes. O ideal seria pelo menos três, pois temos de ficar atentos todo o tempo e isso é muito desgastante. Também acho que o bancário não pode ficar com a chave da agência, pois ele acaba sendo visado e vítima de sequestro.”
O fim das metas abusivas, melhorar a segurança em todas as unidades e a manutenção do emprego também constam da pauta da categoria e aguardam resposta da Fenaban.
Jair Rosa – 13/10/2015