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Clientes entendem e apoiam luta

Linha fina
Autoatendimentos continuam funcionando normalmente para que população, também explorada pelos bancos, possa utilizar serviço
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São Paulo – Ao levar os bancários para a greve, com uma proposta que quer impor perdas salariais aos trabalhadores, o setor que mais lucra no Brasil acaba atrapalhando também a vida dos clientes. Justo eles que colocaram mais de R$ 55 bi nos cofres dos bancos somente com as tarifas pagas nos primeiros seis meses de 2015.

Conhecedores dessa situação de exploração, da qual também padecem, os correntistas entendem e apoiam a luta dos trabalhadores, fazendo uso dos autoatendimentos, que continuam abertos.

“Já fui cliente do Banco do Brasil e agora sou do HSBC. Além dos juros altíssimos, ainda tem as taxas. Pra tudo que você faz, paga uma taxa. Pra tentar facilitar a vida, coloquei várias contas em débito automático, mas acabou complicando ainda mais porque o sistema dá preferência pras contas com o banco, não interessa se tem dívidas mais importantes como aluguel, luz... o sistema sempre debita primeiro os produtos deles. Fora o que acontece quando o sistema está indisponível pra pagamento nas maquininhas. Já passei o maior constrangimento tentando pagar o que consumi na feira. Ganham uma fortuna e oferecem um serviço péssimo”, conta a professora Carla Nascimento, que apoia a greve. “Com esse reajuste que estão oferecendo tem mais que grevar mesmo.”

“Banco deveria te ajudar na hora do sufoco, mas acaba sendo um problema. Já tive dívida no cheque especial, pra nunca mais. Não dá pra contar com o banco porque os juros são absurdos!”, diz o aposentado Odair Pimentel, cliente do Bradesco. Quando informado sobre o reajuste de 5,5%, que representa perda de 4% aos trabalhadores, ele manifestou seu apoio à paralisação dos bancários: “Eles tiram dinheiro da gente, enriquecem e querem dar só isso [5,5% de reajuste]? Não dá né?”


Redação – 9/10/2015
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