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Greve amplia paralisação nas agências bancárias

Linha fina
Foram 815 fechadas em São Paulo, Osasco e região, durante o terceiro dia de greve. A elas somam-se 12 concentrações, totalizando 827 locais e 35 mil trabalhadores cobrando proposta digna da Fenaban
Imagem Destaque

São Paulo – Foram mais de 815 agências paralisadas em São Paulo, Osasco e região, durante o terceiro dia de greve nacional dos bancários, nesta quinta 8. A elas somam-se 12 centros administrativos, totalizando 827 locais e 35 mil trabalhadores, 21% maior que o terceiro dia de greve do ano passado.

> Fotos: zonas leste, oeste e centro  
> Fotos: Paulista, Osasco e concentrações  
 
A grande adesão serve como resposta para o contingenciamento no Centro Administrativo Tatuapé, do Itaú, com bancários forçados a chegar de madrugada e dormir no local de trabalho. O caso ilustra o que ocorre em diversas instituições financeiras de acordo com denúncias que chegam diariamente ao Sindicato.

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Além das agências, pararam os centros administrativos Casa 1 e 3 do Santander, o Vila Santander, a Supervisão Pinheiros da Caixa Federal e Verbo Divino do Banco do Brasil (foto abaixo). Destaque, ainda, para a agência Clóvis Bevilacqua, também do BB, no centro de São Paulo, onde os funcionários não apenas cruzaram os seus braços, como foram ajudar trabalhadores de outras agências e bancos a cruzarem os deles.

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Em Osasco, um desabafo: “Eles não têm vergonha na cara de oferecer um reajuste desses, mesmo com o tanto de lucro que a gente dá para os bancos”, afirmou uma bancária do Bradesco. Na Paulista, outra comentou sobre a dificuldade de o vale-refeição durar o mês inteiro.

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Até o início da noite a Fenaban (federação dos bancos) não sinalizou nenhuma data para apresentar uma proposta justa para os trabalhadores. A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), PLR, piso e vales maiores, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança, 14º salário entre outros itens. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu reajuste ilusório de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação, e um abono de R$ 2,5 mil que nem é este valor mesmo já que sobre ele incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria.

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“A federação dos bancos ainda não marcou nenhuma data para apresentar uma proposta justa para os trabalhadores. Ao invés disso, os bancos estão se organizando para desrespeitar o direito de greve, adotando o contingenciamento, que é a transferência de departamentos inteiros ou agências para outros prédios. Também obrigam os bancários a dormir em colchonetes e sofás em departamentos, trabalhar de casa ou começar a jornada de madrugada, adotando uma prática antissindical que fere à Constituição”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

Organização – Durante o movimento, o Comando de Greve reúne-se diariamente às 17h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro). Quando houver assembleia, a reunião será às 16h. É integrado por dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, da Contraf-CUT, cipeiros, delegados sindicais da Caixa e do Banco do Brasil. Outros bancários que quiserem ajudar a organizar o movimento também podem participar.

A próxima assembleia será na terça 13, 17h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192).

Ato com petroleiros – Conforme proposta aprovada na assembleia do dia 5, o Sindicato entrou em contato com os representantes dos trabalhadores da Petrobras, para a realização de um ato conjunto. De acordo com agenda dos petroleiros, o protesto unificado deverá ser realizado no dia 16 de outubro, em horário e local ainda a serem confirmados.

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Redação – 8/10/2015
(Atualizado às 19h18)

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