São Paulo – Faça chuva ou faça sol, os bancários seguem firmes e fortes na greve. Na sexta-feira 9, quarto dia do movimento, foram cerca de 52 mil bancários de braços cruzados, paralisando 700 locais de trabalho, sendo 23 centros adminstrativos e 677 agências em São Paulo, Osasco e região. No país, foram 10.818 estabelecimentos. 
	
	
> Razões não faltam pra parar, bancário!
	> Bancário, já dançou o Funk Ostentação?
	
	“A semana termina com os bancários fazendo uma das greves mais fortes dos últimos anos, somente hoje a adesão foi de 52 mil bancários. A categoria está indignada com a proposta feita pelos bancos, mesmo com lucro liquido de 36 bilhões de reais no semestre. O silêncio dos banqueiros fez a greve crescer”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “A categoria bancária sofre diariamente para cumprir metas abusivas e aumentar o lucro do setor. E na hora de garantir que os trabalhadores sejam reconhecidos com ao menos parte do aumento de produtividade, os bancos propõe que os salários sejam arrochados em 4%”. 
	
	> Vídeo: sem nova proposta, greve segue forte
	> Sem limites, Itaú faz bancário dormir no CAT
	
	Sexta-feira - Agências bancárias de instituições públicas e privadas de diversas regiões fecharam e somente o autoatendimento funcionou para a população. A mobilização envolveu ainda diversos centros administrativos. No Itaú, atingiu o CTO, CAT, Raposo, ITM, Orbital na Teodoro Sampaio, GPSA na Vila Mariana, prédios das ruas Fábia e Jundiaí.
	
	> Fotos: galeria das concentrações  e agências 
	> Greve paralisa novamente CTO do Itaú
	
	No Bradesco, o Prime na Paulista continuou parado, assim como o Telebanco Santa Cecília, a Nova Central, e o Núcleo Alphaville. A greve foi, ainda, aos Casas 1 e 3 do Santander, assim como o Vila, na zona norte. A Verbo Divino e a Compe do Banco do Brasil também ficaram paradas, além da Superintendência Regional Ipiranga da Caixa Federal.
	
	
> Nova Central, reajuste baixo = greve forte
	> Greve para superintendência da Caixa
	
	Proposta indecente – A greve não é só contra os 5,5% de reajuste apresentado pela Fenaban – que não cobre nem a inflação – e o abono de R$ 2,5 mil que para os bancários é “uma enganação”, mas também é contra o assédio moral vivido diariamente nos locais de trabalho, o constrangimento e a pressão por conta das metas abusivas. A greve é por mais programas de bolsas de estudo, aumento nos vales alimentação e refeição, PLR maior, pela manutenção dos empregos e mais contratações. Motivos não faltam para aderir à greve.
	
	> Vale-refeição acaba antes do mês
	
	Exploração, não! – O tema da Campanha 2015 deixa claro o recado dos bancários: Exploração não tem perdão! E quem cansou da exploração do setor que mais lucra no país adere à greve.
	
	> Bancos preveem aumento aos diretores de até 81%
	> Vídeo: quer R$ 5 mi ao ano? Seja executivo de banco!
	
	“Enquanto outros setores estão passando dificuldades com redução de produção e vendas e mesmo assim negociam com seus empregados, os banqueiros, que lucram bilhões, oferecem metade da inflação, uma perda de 4,15% para o salário do trabalhador. Um desrespeito. Trabalhador colabora e presta serviço de qualidade para quem o valoriza e retribui o trabalho que ele presta. 
Mas, para quem é desleal, ele diz: exploração não tem perdão!", ressalta o presidente da Contraf, Roberto Von der Osten (foto ao lado).
	
	> Setores com lucro menor pagam aumento real
	Vem pra luta – E é preciso muita gente para fortalecer ainda mais o movimento. A base territorial do Sindicato engloba São Paulo, Osasco e mais 15 municípios da região. São cerca de 3 mil locais de trabalho entre agências e concentrações de bancos públicos e privados. Ou seja, para que a luta seja vitoriosa é fundamental que cada trabalhador faça sua parte paralisando sua unidade e auxiliando os dirigentes sindicais a ampliar cada vez mais o número de adesões.
	
	Leia mais
	> Tem alguma denúncia? Confira canais do Sindicato
	> Informação confiável é no Sindicato
	> É cliente? Veja como a greve pensa em você
	> Horário de atendimento muda durante greve
	
	
	Redação – 9/10/2015
	(Atualizado às 17h54)