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Razões não faltam pra parar, bancário!

Linha fina
Milhares de trabalhadores estão de braços cruzados para pressionar os bancos, setor que mais lucra no Brasil, a ter “vergonha na cara”, e apresentar proposta decente. Faça parte da luta você também!
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São Paulo - Tá feio para a imagem dos bancos! Afinal, já está todo mundo comentando: o setor que mais lucra no Brasil levar seus empregados à greve ao propor perdas salariais... Não dá.

> Leia orientações do Sindicato e mobilize-se!

“Eles não têm vergonha na cara de oferecer um reajuste desses, mesmo com o tanto de lucro que a gente dá para os bancos”, afirmou uma funcionária do Bradesco, em Osasco, queixando-se dos 5,5% apresentados pela Fenaban.

O abono oferecido, de R$ 2,5 mil, também não agradou em nada a categoria. “É uma enganação. Sem aumento no salário, não significa nada. Você recebe uma vez e fica o ano inteiro com a inflação comendo o que você ganha”, comentou um bancário do BB. “Este não é um ramo em crise. Então, além do reajuste, a PLR também deveria ser maior”, disse uma funcionária da região da Paulista.

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“Essa situação é uma vergonha para os bancos, que ainda não fizeram contato para voltar a negociar e apresentar uma proposta justa para os trabalhadores”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Alguém realmente acha que seria difícil para essas instituições, que ganharam mais de R$ 42 bi somente este ano no Brasil, atender às reivindicações de seus empregados? Os bancos não só podem oferecer aumento real como também contratar mais, ao invés de demitir”.

VA e VR - “Gostaríamos muito que houvesse reajuste nos vales, principalmente no de refeição. Para nós que trabalhamos na região da Paulista comer é mais caro e acaba pesando”, lembrou uma bancária.

Vale-refeição tá curto e acaba antes do mês

“A comida nos restaurantes está muito cara e o meu vale-refeição termina quando chega o dia 20. Então tenho de ‘fazer um ‘bem bolado’: um dia trago comida, em outro faço lanche. O que querem nos dar é muito pouco”, disse um auxiliar administrativo do Santander, no centro da capital, sobre o aumento de R$ 1,43 no vale-refeição, que não dá nem para uma coxinha.

“Não faz muito tempo o VA dava para até três carrinhos de compra. Hoje mal dá para um e olhe que minha família não é grande. Nessa greve também temos de ter aumento nos vales refeição e alimentação, pois fazem grande diferença para todos nós”, reforçou uma caixa do Itaú.
> Clientes entendem e apoiam luta

Saúde e educação - “Queríamos poder incluir nossos pais como dependentes do plano de saúde empresarial, seria uma grande conquista. Não pretendo ter filhos e meus pais não têm condições de pagar um plano, para idosos é caro demais”, apontou uma trabalhadora do Bradesco. “Falta também incentivo para estudar, deveria ter mais programas de bolsas de estudos”, completou uma colega de agência. Do mesmo banco, a mesma queixa. “Tenho curso superior, mas gostaria de fazer pós ou especialização. Coisas que seriam usadas no próprio Bradesco e serviria muito para me aprimorar e crescer na empresa. Mas aqui não tem e o que ganho não dá para manter minha casa e ainda investir em estudo.”

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Redação - 9/10/2015
(Atualizado às 18h44 de 13/10/2015)
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