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ZL forte no terceiro dia de greve

Linha fina
Movimento dos bancários por aumento real e melhores condições de trabalho paralisou agências na região
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São Paulo – A greve nacional dos bancários cresce mais a cada dia. E não podia ser diferente, diante da provocação e do desrespeito representados pela proposta da Fenaban. No terceiro dia de mobilização, quinta-feira 8, agências da zona leste de São Paulo tiveram as atividades paralisadas.

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“O reajuste é vergonhoso. Os bancos ganham muito e deveriam dar valor para quem trabalha tanto para garantir os resultados”, afirmou uma bancária do Santander. “É importante participar da greve. Se a gente não para, o banco acha que está tudo bem, que estamos satisfeitos”, completou.

Já um funcionário de uma agência do Citibank destacou a força do Sindicato na luta pelos direitos dos trabalhadores do setor financeiro. “A gente vê que outras categorias, que não possuem sindicato forte, não conseguem os mesmos benefícios que nós temos”, disse. “Acho importante [a greve] para pressionar os bancos a melhorarem essa proposta”, avaliou.

Muitos bancários ficavam circulando pela região, pressionados para ir para locais de trabalho que ainda não estão paralisados. A prática é disseminada em todos os bancos, para desmobilizar trabalhadores, e é um desrespeito ao direito de greve.

Abono – O abono oferecido na proposta da Fenaban, de R$ 2.500, também não agradou em nada a categoria.

“É uma enganação. Sem aumento no salário, não significa nada. Você recebe uma vez e fica o ano inteiro com a inflação comendo o que você ganha”, comentou um bancário do Banco do Brasil.

Clientes – A revolta com os bancos não parte apenas de trabalhadores do setor, mas também de clientes.

“É muita fila. Tem que colocar mais gente para trabalhar”, reclamou a atendente de telemarketing Juliana Ribeiro. “Para conseguir um empréstimo, um financiamento, é uma luta. Quem tem bastante dinheiro na conta consegue. Quem não tem, fica na mão”, critica a jovem que foi até o Banco do Brasil pagar um boleto direto no caixa, mas compreendeu as razões da greve dos bancários e utilizou o autoatendimento.

“Pode atrapalhar um pouco para quem usa o banco [a greve], mas acho que é só assim para os patrões olharem as necessidades dos funcionários, as pessoas que fazem qualquer empresa funcionar”, declarou.


Felipe Rousselet – 8/10/2015
 
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