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Impasse nas negociações do aditivo com Santander

Linha fina
Representantes do banco espanhol ainda não têm posicionamento sobre reivindicações dos trabalhadores que cobram melhorias no Programa Próprio de Remuneração Santander, reajuste nas bolsas de estudos e fim das metas abusivas
Imagem Destaque
Jair Rosa, Redação Spbancarios
21/10/2016


São Paulo – Prosseguem sem avanços as negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na quinta 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio. Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há data para nova rodada.

“Chegamos a um impasse, pois enquanto o banco não mostrar disposição de atender nossas propostas não renovaremos o acordo”, afirma a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE, Maria Rosani.

Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de ser reajustado e que as metas sejam factíveis e não sofram alterações de uma hora para outra.

Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependente do funcionário no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico devido ao alto custo financeiro.

“O Santander é o único entre os grandes bancos que tomou essa medida. Verdadeira punição aos bancários que têm filhos nessa idade, pois não conseguem arcar com essa despesa. Nossa reivindicação é que, comprovando que estão estudando e desempregados, prossigam na categoria de dependentes pelo convênio.”

Aposentados cobram abono – Outro ponto da negociação foi a remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa. Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus benefícios.

Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander – propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.

“O Santander usou o regulamento quando aplicou o reajuste zero dos funcionários da ativa aos aposentados no início dos anos 2000. Queremos que o Santander utilize esse mesmo regulamento agora, garantindo a equivalência salarial entre ativos e aposentados”, afirma a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa.

A dirigente reforça ainda que o movimento sindical está solidário aos aposentados. “Caso o Santander não dê o mesmo tratamento aos aposentados, estará configurado desrespeito a acordo. Fato que não vamos admitir”, ressalta.

Também participaram da negociação os representantes da Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa (CNAB), Sérgio Zancopé, e da Associação dos Funcionários Aposentados do Banespa (Afabesp), Eros Almeida.
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