Nos primeiros nove meses do ano, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 19,2 bilhões, crescimento de 22,3% em relação ao mesmo período de 2018. O resultado equivale a uma rentabilidade de 20,5%, elevação de 1,8 ponto percentual.
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“Quem construiu esse excelente resultado foi cada bancário e bancária, com seu esforço, dedicação e competência. Trimestre após trimestre, o lucro sempre crescente do banco mostra que existe espaço para que todos os funcionários sejam incluídos no Programa de Desempenho Extraordinário (PDE). Todos contribuem para o resultado e nada mais justo que todos sejam valorizados”, enfatiza a dirigente do Sindicato e bancária do Bradesco, Sandra Regina.
Hoje, só são elegíveis ao PDE gerentes de agências, gerentes administrativos e gerentes da área comercial. Apenas com a receita de tarifas e prestação de serviços, que teve crescimento de 6,8%, o Bradesco cobre 122% do total de suas despesas de pessoal, incluindo PLR.
O número de funcionários do Bradesco chegou a 99.272 em setembro, o que representa um crescimento de 1.113 postos de trabalho nos últimos 12 meses. De acordo com o relatório do Bradesco, o aumento no numero de trabalhadores se deu em sua grande maioria por funcionários alocados nas áreas de negócios, com destaque para as novas agências digitais e next.
Já o número de agências ficou em 4.567, queda de 85 unidades em 12 meses.
“Apesar do saldo positivo de contratações no acumulado dos três primeiros trimestres, o balanço traz o anúncio da adesão de 3 mil bancários ao PDV. Além disso, o banco informa que encerrará 2019 com fechamento de 150 agência e que a expectativa para 2020 é de mais de 300 unidades fechadas. Tanto o PDV quanto o fechamento de agências foram anunciadas pelo banco como medidas para redução de despesas. Não existe justificativa cabível para que um banco com o lucro do Bradesco busque cortar custos sobrecarregando os trabalhadores que seguem no banco e precarizando o atendimento à população”, critica Sandra.
Outros números
A carteira de crédito do Bradesco cresceu 10,5% em relação a setembro de 2018. Os empréstimos para pessoa física cresceram 19%, com destaque para consignado, imobiliário, veículos e crédito pessoal. Já o crédito destinado às empresas teve alta de 5,8%.
A taxa de inadimplência se manteve em 3,6%, mesmo patamar de setembro de 2018.