O Encontro Nacional de Saúde dos funcionários do Banco do Brasil, realizado em São Paulo no último sábado 28, definiu os dias 3 e 4 de outubro como dias de mobilização em defesa da Cassi e das empresas públicas. O objetivo é unir os funcionários na luta contra a intransigência do Banco do Brasil, fazendo o banco colocar mais dinheiro e melhorar a proposta de solução para a situação financeira da Cassi.
Na última rodada de negociação, dia 25 de setembro, o banco não aceitou reabrir as negociações e informou às entidades representativas dos funcionários que qualquer acordo deve obedecer aos parâmetros e limites financeiros da proposta votada em maio e que, apesar de aprovada pela maioria dos associados, não conseguiu atingir o quórum mínimo necessário para alterar o estatuto da Cassi. O banco negou, também, a prorrogação do memorando de entendimentos que garante a entrada de R$ 600 milhões anuais em recursos extraordinários no caixa da Cassi até dezembro deste ano.
A partir de janeiro de 2020, se não houver novo acordo, este valor deixa de ser recolhido. A Contraf-CUT já entrou e contato com a Cassi para fazer novos cálculo e projeções e para elaborar nova proposta que mantenha a proporção 60% banco e 40% associados.
“Há setores do movimento organizado do funcionalismo que parecem não ter entendido que quem precisa ser pressionado e combatido são o governo e a direção do banco. O governo, porque edita normas a serem cumpridas pela Cassi e outros planos de saúde de estatais, como cobrança por faixa etária, por dependente e paridade contributiva, por exemplo. E o banco, porque não aceita negociar em outros parâmetros e insiste na proposta que não foi aprovada por dois terços dos associados”, explicou o dirigente sindical Getúlio Maciel.
O dirigente afirma, ainda, que setores do movimento não apresentaram nenhuma proposta, tanto em debate realizado em São Paulo no último dia 27, quanto no Encontro Nacional do dia 28. “Além disso, não aceitam qualquer mudança e querem ressuscitar proposta de 2018, já publicada ao funcionalismo e rejeitada pelo banco. A única saída que propõem é aumentar somente as contribuições dos associados e ingressar na Justiça contra o banco. Esquecem que a Cassi não pode esperar durante anos uma decisão judicial enquanto faltam recursos para pagar as contas do mês”, completou.