Sindicato, Apcef-SP e outras entidades representativas dos empregados da Caixa estiveram reunidas com a direção do banco em São Paulo na sexta-feira 4, Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos. Na ocasião, as entidades cobraram respeito aos trabalhadores e seriedade nas negociações. As partes trataram de diversos assuntos, entre eles Saúde Caixa, contratações, reestruturação, fim do GDP, Revalida e fim do descomissionamento arbitrário. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que era esperado, não compareceu. Ele confirmou a agenda, mas não apareceu justificando que sexta-feira às 19 horas não daria tempo de participar
“É lamentável a ausência do presidente da Caixa na reunião com os empregados. Os trabalhadores aguardam uma série de respostas de Pedro, que já vem sendo chamado entre nossos colegas de "o Fujão", pois, ao ser cobrado de forma mais enérgica, não aparece”, enfatiza Dionisio Reis, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa).
Ao vice-presidente de Gestão de Pessoas e ao superintendente regional da área D (SureD), os empregados entregaram uma carta com uma série de reinvindicações endereçadas a Pedro. Confira abaixo os principais pontos:
Saúde Caixa
De acordo com Dionisio Reis, quem defende a sustentabilidade do plano são os empregados, porém as informações são de responsabilidade da Caixa. “O plano apresenta superávit acumulado, conforme balanço da própria Caixa e vem apresentando um déficit corrente. Para o plano continuar sustentável, é necessário manter o modelo 70/30 e reajustar o pagamento dos 30% referente aos trabalhadores. Isso pode ser uma proposta dos empregados, se eles tiverem acesso a informação.Dados como quantos trabalhadores gastam o teto da coparticipação (de R$ 2.400 por ano), qual a faixa de pagamento dos empregados da mensalidade (2% do salário) e qual a utilização do Saúde Caixa (coparticipação 20% sem considerar o teto). Se a direção da Caixa não age com transparência, ela não está disposta a negociar com os empregados”, salienta o dirigente.
Contratações
As duas mil contratações de PCDs não legaliza a Caixa no cumprimento da Lei de Cotas, que não chega a 5% do que o banco deveria ter de pessoas com deficiência. “Temos prcebido um movimento no banco de convidar os bancários reabilitados ou que passaram por situações de licença do INSS para realoca-los como PCDs, o que é um absurdo. Como mais uma medida demagógica anunciada por Pedro, a contratação de 2 mil empregados não é benesse do banco, mas sim uma cobrança antiga dos empregados. Foi anunciada, também, de forma não oficial, a contratação de 800 empregados, o que não supre a necessidade e nem chega perto do número de trabalhadores que saiu no PDVE deste ano”, acrescenta Dionisio.
Reestruturação
Há falta de informações por parte do banco aos empregados. Pedro Guimarães esteve reunido em São Paulo com representantes das SRs (Superintendências Regionais) da Sé, Ipiranga e Pinheiros. Destas, foi mantida apenas a primeira. E agora ele se reuniu com as demais SRs. “A reestruturação tira funções estratégicas. Além disso, Pedro Guimarães fez uma fala na audiência pública semana passada na Câmara que a Caixa não seria mais das grandes empresas, mas sim dos pequenos comércios. Os números, todavia, contradizem o presidente do banco”, enfatiza Dionisio Reis.
No segundo trimestre de 2019, a carteira de crédito Pessoa Jurídica do Banco caiu 30,7%, de R$ 61 bilhões para R$ 42,39 bilhões.
GDP, Revalida e Descomissionamento Arbitrário
Os empregados da Caixa, por conta da gestão pelo terror do banco público, farão um Dia Nacional de Luta em todo o Brasil na quarta-feira 16. “É uma gestão confusa que acabou de promover superintendentes, fez processo de revalida,100% subjetivo, e depois extinguiu superintendências. É uma irresponsabilidade da Caixa acabar com as atividades dessas superintendências em meio aos saques do FGTS, operação que pretende atingir 96 milhões de trabalhadores, segundo dados da própria Caixa”, finaliza o coordenador da CEE/Caixa.