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Chapéu
Reação

Bancários iniciam protestos contra demissões no Bradesco

Linha fina
Nesta sexta 2, quatro agências da zona leste de São Paulo foram alvo do protesto. Na próxima, outras regiões também terão manifestações
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Imagem: SEEB-SP

Os bancários reagiram e protestaram, nesta sexta 2, contra o fechamento de 500 agências do Bradesco no país e as demissões que vem ocorrendo por conta da unificação de algumas delas.

Bradesco, a pandemia não acabou! Vai demitir mesmo?

Quatro agências da zona leste da capital paulista foram alvo do protesto (duas do Tatuapé; uma da Ponte Rasa e uma de Ermelino Matarazzo). Na próxima semana, mais agências de outras regiões de São Paulo também farão manifestação.

Sindicato retoma homologações presenciais do Bradesco

Confira em vídeo como foi o protesto!

 

 

Segundo a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, os bancários estão apreensivos e trabalhando em clima de tensão por conta das demissões de colegas. "Viemos prestar nossa solidariedade e conversar com eles sobre as ações do Sindicato e dizer que vai ter muita luta. Também estamos orientando para que fiquem mobilizados junto ao Sindicato para ajudar a pressionar o banco", diz.

Ainda com faixas e carta aberta à população, os trabalhadores dialogaram com os clientes sobre o fechamento de agências e também com os comerciantes dos arredores.

"Além da demissão de pais e mães de família, precisamos informar aos clientes que eles serão prejudicados com o fechamento de agências e sem trabalhadores para prestarem um serviço de qualidade. Também é preciso conversar com os comerciantes, pois eles também serão prejudicados. Fechando agências próximas, o comércio deixará de ganhar sem uma economia local. Com isso, todos perdem. Os clientes que quiserem se solidarizar com nossa causa, devem usar #BradescoNaoDemita nas redes sociais", acrescenta.

"Não existe razão para demitir. Já noticiamos que, mesmo em meio à crise econômica e sanitária, o Bradesco segue lucrando alto. No primeiro semestre de 2020 faturou R$ 7,626 bilhões e cresceu 3,2% em relação ao trimestre anterior. Por isso, não vamos aceitar essas demissões e estamos cobrando uma negociação com o banco".

Campanha conjunta

Assim como os bancários do Itaú Unibanco, Santander, e demais bancos, os trabalhadores do Bradesco entraram na luta contra as demissões no setor financeiro. A secretária geral comenta que o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região tem feito questionamentos e mostrando que há outras alternativas para evitar as demissões.

"Não iremos aceitar que os bancos descumpram o compromisso público que eles assumiram e promovam demissões de pais e mães de família em meio à uma pandemia. Os lucros mostram que eles continuam tendo ótimos resultados, construídos com o trabalho diário dos bancários. Não existe qualquer razão para tamanha desumanidade. Para nós, demitir na pandemia é covardia. Vai ter muita luta", finaliza.

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