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Chapéu
Luta

Sindicato vai aos departamentos defender o Saúde Caixa

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Dezenas de empregados da Caixa, do Prédio da São Joaquim, posam com cartazes em defesa do Saúde Caixa

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e a Apcef/SP realizaram atos em defesa do Saúde Caixa na terça e quarta-feira, 10 e 11 de outubro, em departamentos da Caixa na capital paulista: Brás, Paulista e São Joaquim (foto acima).

“Os nossos atos foram foi muito representativos, com a presença de muitos empregados da ativa e aposentados. Conversamos sobre a situação do Saúde Caixa, sobre a necessidade da retirada do teto de 6,5% da folha de pagamento para o custeio por parte da Caixa, e a luta pela preservação dos princípios fundamentais do Saúde Caixa: Solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional”, relata a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa Luiza Hansen.

Prédio da Paulista (Foto: Seeb-SP)

Os atos desta semana foram atividades preparatórias para o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, que será realizado no dia 17 de outubro em todo o país. Os empregados devem acompanhar as orientações para a mobilização pelo site e redes sociais do Sindicato e da Apcef/SP.

“Nos últimos meses, o Sindicato e Apcef-SP realizaram dezenas de reuniões em agências e departamentos, com a participação de centenas de empregados, além de plenárias e lives nas redes sociais, para informar e mobilizar os trabalhadores na luta em defesa do Saúde Caixa. É muito importante que estejamos todos unidos e mobilizados, participando do Dia Nacional de Luta, para defender o nosso plano de saúde, uma conquista histórica dos empregados da Caixa”, conclama o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Francisco Pugliesi, o Chico.

Prédio do Brás (Foto: Seeb-SP)

Renovação do ACT Saúde Caixa

O aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa referente ao Saúde Caixa vale até o final de 2023. As negociações para a renovação do ACT começaram em junho. Entretanto, reuniões para reivindicações de melhorias do plano sempre ocorreram de forma permanente.

O principal entrave nas negociações é a insistência da Caixa na manutenção do teto de 6,5% da folha de pagamento para reduzir o seu percentual de custeio do Saúde Caixa.

Além disso, o banco sinaliza como “solução” para a sustentabilidade do plano a cobrança por faixa etária, o que implodiria dois dos três princípios fundamentais do Saúde Caixa: a solidariedade e o pacto intergeracional.

Já o modelo defendido pelos empregados é a manutenção do custeio do Saúde Caixa com 70% pagos pelo banco e 30% pelos usuários, o que não será possível com a manutenção do teto de 6,5%, uma vez que o aumento dos custos do plano é superior ao crescimento da folha de pagamento da Caixa. Em 2022, de acordo com informações disponibilizadas pela Caixa, a diferença foi custeada pelo fundo de reserva.

“O debate da defesa do Saúde Caixa e de seus princípios fundamentais – solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional – vai além do justo direito dos empregados à saúde. É uma discussão que envolve o próprio fortalecimento da Caixa enquanto empresa pública e do seu papel social, uma vez que aqueles que queriam no governo anterior o desmonte do banco para posterior privatização, precisam minar as conquistas dos empregados como o Saúde Caixa, que vincula o trabalhador à Caixa também no pós trabalho, na aposentadoria, o que para os privatistas é considerado um passivo. A Caixa precisa se responsabilizar pela saúde dos seus empregados, que tanto sofreram com a gestão anterior do banco público”, conclui Chico.

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