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Chapéu
R$ 10 bi em nove meses

Lucro do Santander cresce 40,5% em 12 meses encerrados em setembro

Imagem Destaque
Arte em desenho composta de um logo do Santander, de um gráfico em seta indicando alta e de pilhas de moedas

O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões nos nove primeiros meses de 2024. O resultado representa crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2023, e de 10% em comparação ao trimestre imediatamente anterior, quando a instituição financeira lucrou R$ 3,3 bilhões, ante R$ 3,7 bilhões entre julho e setembro.

A holding Santander encerrou o terceiro trimestre com 55.035 empregados, com fechamento de 706 postos de trabalho em doze meses (568 no trimestre). A base de clientes aumentou 3,4 milhões em relação a setembro de 2023, totalizando 68,8 milhões.

“Apesar do resultado excepcional, o Santander segue cortando postos de trabalho e migrando trabalhadores para outras empresas do conglomerado - com direitos reduzidos ou rebaixados em relação à Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários -, a fim de reduzir custos para aumentar os lucros que são pagos a acionistas e enviados para a matriz na Espanha, onde os trabalhadores não são demitidos. Uma situação inaceitável, já que os bancários trabalham sobrecarregados e enfrentando metas abusivas para a obtenção deste resultado astronômico”, critica Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander.

As receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias aumentaram 13,2% em doze meses, totalizando R$ 16,696 bilhões. Já as despesas de pessoal mais PLR aumentaram 8,7% em um ano, somando R$ 9,1 bilhões.  Assim, nos nove primeiros meses de 2024, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 184,2%.

“Este dado comprova que o Santander tem totais condições de contratar mais a fim de reduzir a sobrecarga de trabalho, dar conta das metas sempre crescentes que causam tantos adoecimentos, e prestar um atendimento melhor aos clientes brasileiros”, ressalta Wanessa.

Em relação à estrutura física, foram fechadas 254 lojas e 128 PABs em doze meses. Apesar do Santander não informar o número de agências físicas em seu balanço, na relação de agências presente no site do Banco Central, o banco possuía 2.459 agências físicas enquanto que, em setembro de 2023, havia 2.537 unidades, ou seja, uma redução de 78 agências em um ano.

“O Santander segue fechando agências, o que dificulta e piora o atendimento, já que os canais eletrônicos não se equiparam ao atendimento humanizado feito por um bancário”,a firma Wanessa.  

O retorno sobre o patrimônio do banco (ROE) ficou em 17%, o que representou acréscimo de 3,9 pontos percentuais  em doze meses. O lucro obtido até setembro de 2024 na unidade brasileira do banco representou 19% do lucro global, que foi de € 9,309 bilhões, com alta de 14,3% em doze meses.

“O Brasil responde por quase um quinto do lucro mundial do Santander, que segue desrespeitando o país ao cortar postos de trabalho, migrar áreas inteiras para outras empresas e fechar agências, ao mesmo tempo em que cobra juros abusivos e tarifas extorsivas. Tudo para dar lucro a poucos acionistas e remeter os ganhos, sem pagar impostos, para a matriz na Espanha. Cobramos do Santander respeito aos trabalhadores, à população e ao Brasil”, afirma Wanessa.

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