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Reunião com Super trata de pendências no BB

Linha fina
Sindicato cobrou soluções para problemas com projeto piloto de vendas de crédito, módulo bônus e mais assédio moral
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São Paulo – A Superintendência de Varejo e Governo Capital SP, do Banco do Brasil, apresentou ao Sindicato o projeto piloto de vendas de Crédito Direto ao Consumidor, realizado através de ligações telefônicas aos clientes. A entidade solicitou a reunião para reivindicar o fim das centrais de telemarketing ilegais que mantêm os trabalhadores em um local apenas para a venda, deixando as agências que já tem falta de funcionários em situação mais difícil. Outros pontos discutidos foram o pagamento do módulo bônus da PLR para comissionados das agências que não fecharam o mínimo de 63 pontos no Sinergia e a pressão para venda de Microcrédito Produtivo Orientado que está afetando os trabalhadores.

O representante da Super afirmou que não é política atual estimular a instalação das centrais e que o projeto de CDC, se aprovado, reduzirá o risco nos negócios. Pelo piloto, os clientes receberão ofertas de crédito por telefone e terão de escolher qual a forma de atendimento, se por telefone ou presencialmente na agência. Na opção por telefone, as linhas de crédito automatizadas, com convênio autorizando débito consignado, terão de ser confirmadas pelo cliente através de terminais de autoatendimento, internet ou pela Central de Atendimento (CABB). “O Sindicato avalia que a medida reduz o risco para os bancários, pois há muitos casos de ações de clientes que não reconhecem as operações realizadas. Mas o problema da falta de mão de obra e das metas sem discussão com os funcionários permanece. Por isso vamos continuar procurando melhorar as condições de trabalho. Os funcionários que estiverem sendo prejudicados pelas centrais devem denunciar ao Sindicato”, afirma Claudio Luis de Souza, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa pela Fetec-CUT/SP.

Bônus – Sobre o não pagamento do módulo bônus da PLR aos comissionados de 13 agências de sua jurisdição que não alcançaram 63 pontos no mínimo no programa de metas Sinergia, a Super Capital se comprometeu a enviar os pedidos de recurso com justificativas para a Diretoria de Distribuição São Paulo e outras diretorias responsáveis. O diretor executivo do Sindicato, Ernesto Izumi, afirmou que os funcionários foram prejudicados pela implantação confusa do Sinergia, com muitas transferências de carteiras de cliente, sem redução correspondente das metas, e que o banco deveria ter mantido o ATB paralelamente ao Sinergia. “O primeiro semestre foi prejudicado pela implantação, é justo que os recursos sejam aprovados e que as agências recebam sua parte no módulo bônus referente ao primeiro semestre de 2012. O banco tem dinheiro reservado para essas situações”, destaca o dirigente.

Assédio – Com relação à pressão para a venda de Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), que é parte do programa Crescer - Programa Nacional de Microcrédito do Governo Federal, o Sindicato manifestou sua preocupação com as primeiras denúncias de assédio moral e pressão para que as operações sejam realizadas mesmo com desrespeito às instruções e risco para o trabalhador. O representante da Super afirmou que está orientando os administradores a somente realizar os negócios de forma correta. “O MPO é importante para os empreendedores, mas não pode ser tratado como uma meta qualquer. O governo tem de entender que o resultado a qualquer preço somente trará prejuízo para a empresa pública, inclusive de imagem. A alta direção do BB tem política de pressionar por meio de assédio moral institucionalizado e em efeito cascata. Se o banco quer estimular o MPO, que seja feito de forma positiva, via pontuação adicional no Sinergia, que as metas sejam discutidas de forma negociada e participativa com os trabalhadores, e que o governo reveja suas metas para o Banco do Brasil, que exerce papel público e ainda disputa mercado com os demais bancos, cumprindo dupla função que deve ser ponderada com mais contratações e condições de trabalho melhores”, completa Ernesto.


Redação - 26/11/2012

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