O Banco do Brasil está descumprindo um acordo firmado com representantes dos funcionários e, compulsoriamente, realizando remoções para municípios que não os de origem dos trabalhadores. Alguns funcionários estão alocados em cidades a mais de 50 km, o que fere o acordo, que previa remoções para localidades até 30 km de distância do local de origem, podendo, no máximo, chegar a 50 km quando não houver vagas em distância inferior. Com isso, as remoções extrapolam os limites da região metropolita e seus municípios limítrofes.
Para a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários do BB (Caref), Débora Fonseca, o descumprimento do acordo mostra uma postura “arbitrária e equivocada da direção do banco”.
“Além de alocar funcionários a mais de 50 km de distância de sua cidade de origem, ficou acordado com o banco que seria realizada uma consulta ao trabalhador antes de definida a remoção, o que não ocorreu”, enfatiza a conselheira.
Débora também critica outra medida prejudicial aos bancários e autoritária da direção do BB, que solicitou o retorno de funcionários que estão em licença-interesse (a licença, a qual funcionários não recebem salários nem benefícios, permite que eles se aperfeiçoem e voltem para o banco com mais qualificação) e suspendeu a concessão de novas licenças. Atualmente há cerca de 2.100 trabalhadores em licença-interesse na empresa.
“A gestão de pessoas não pode ser feita de maneira tão irresponsável e prejudicial aos trabalhadores. O banco não pode tratar os funcionários como números, como mobiliário. Isso é falta de respeito com todos nós. O Banco do Brasil tem de discutir conosco, representantes dos funcionários, a promoção do bem-estar para todos no ambiente de trabalho, e não criar insegurança, gastos e todo o tipo de problema que essas remoções compulsórias e outras medidas arbitrárias geram”, complementa Débora.