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Banco do Brasil descumpre acordo sobre remoção compulsória

Linha fina
Banco está removendo funcionários, compulsoriamente, e os alocando em unidades a mais de 50km da cidade de origem
Imagem Destaque

O Banco do Brasil está descumprindo acordo firmado com a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) de que, após a fase de adesão voluntária ao Plano de Ajuste de Quadros (PAQ), lançado no final de julho, não seriam realizadas remoções compulsórias para municípios que não fossem o da origem dos funcionários. O banco está descumprindo esse acordo.

“O acordado previa remoções para localidades até 30km de distância do local de origem, podendo, no máximo, chegar a 50km quando não houvessem vagas em distância inferior. Mesmo assim, haveria uma consulta ao trabalhador antes de definida a remoção”, lembrou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

O banco informou à CEBB que, após a fase de adesão voluntária, permanecem 577 pessoas em excesso, sujeitas a remoção para outras unidades e que a remoção compulsória pode ocorrer, inclusive para outras cidades da mesma região metropolitana, ou para a região limítrofe, a que for mais perto da origem.

Será aberto um Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) especial apenas para pessoas em excesso. Quando houver a adesão, ou recusa, dessas pessoas, outras pessoas poderão aderir.

“Vamos cobrar do banco um mapa para sabermos quantas pessoas serão atingidas em cada base sindical e acompanhar o andamento do processo para evitar que funcionários tenham seu direito desrespeitados”, disse a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com o Banco do Brasil, Fernanda Lopes. “E já estamos analisando as medidas que serão tomadas para os casos nos quais houve remoção compulsória para locais mais distantes do que o acordado”, completou.

Relembrando

O PAQ do Banco do Brasil foi anunciado no dia 29 de julho por meio de comunicado oficial aos funcionários nos canais internos de comunicação, com critérios e prazos da reestruturação e do plano de desligamento. A reestruturação previa ajustes de quadros, corte de 2.300 vagas em agências e setores administrativos internos e o fechamento de mais de 300 agências, que serão transformadas em postos de atendimento, sem autonomia e sem gerente administrador.

Em reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no dia 30 de julho, o BB informou que os funcionários que não forem realocados em cargos equivalentes receberão, durante os quatro meses, uma Verba de Caráter Pessoal (VCP), que completa o rendimento, mas que os caixas não seriam contemplados. 

 

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