O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do governo Bolsonaro, Salim Mattar, utilizou as redes sociais para atacar os planos de saúde das empresas públicas, como a Cassi.
“Os planos das estatais, de tantos privilégios, acabam apresentando rombos que o cidadão comum acaba pagando. No caso da Cassi, o Banco do Brasil irá repassar mais de R$ 1 bilhão para salvar o plano. Os acionistas minoritários e todos os cidadãos brasileiros vão acabar pagando por isso. Mais uma vez o cidadão pagador de impostos vai ser chamado a pagar a conta dos privilégios e distorções das administrações passadas”, declarou no Twitter.
Salim Mattar é o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do governo Bolsonaro. É um quadro do Ministério da Economia de Paulo Guedes, a mesma pasta que engloba a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). Esta secretaria, por sua vez, define o orçamento anual e as políticas das empresas públicas.
“O Salim Mattar foi escolhido com a missão de privatizar e reflete com exatidão a mentalidade de todos os indicados do atual governo. Seja nas secretarias de governo ou no comando do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Vamos lembrar que o atual presidente do BB em vários momentos declarou que o banco seria muito melhor se fosse privatizado. Ou seja, a política de Estado deste governo é acabar com todas as empresas públicas”, alerta João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Começou na segunda 18 e vai até o dia 28, a votação de avaliação da proposta de recuperação da Cassi, pelos participantes. O Sindicato dos Bancários e São Paulo e demais entidades de representação dos funcionários indicam o voto "Sim".
> Começou: vote SIM na proposta de recuperação da Cassi
“Quem difunde o ‘Não’ está jogando junto com o atual governo, pois com esta declaração, Mattar dá um sinal claro. Ele já deu a linha. É com este cenário, com este governo e com estes quadros que os trabalhadores terão de negociar se o ‘não’ ganhar. E algum funcionário do Banco do Brasil acha que, vencendo o 'não', o governo vai negociar uma saída que mantenha a sustentação da Cassi?”, questiona o dirigente.
“Por isso, entre o dia 18 a 28, estamos defendendo o ‘Sim’ para salvar a Cassi, com uma proposta negociada que resultará na injeção de recursos para a caixa de assistência que evitará a ingerência de aventureiros deste atual governo no nosso plano de saúde”, afirma Fukunaga.