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Sindicato protesta contra horário ampliado e cobra Caixa em negociação

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A dirigente do Sindicato, Vivan Sá, fala durante protesto contra o horário ampliado na Caixa

Há um mês, a direção da Caixa anunciou que as agências voltariam a ter o horário de atendimento das 10h às 16h. Porém, de forma repentina, na segunda 22, véspera da volta ao horário normal de atendimento, a direção do banco público informou aos empregados que as agências abririam 8h e fechariam 16h, de terça a sexta-feira. 

A decisão da direção do banco motivou centenas de reclamações de empregados ao Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que, por sua vez, imediatamente chamou a Caixa para uma reunião. Foram realizadas diversas reuniões na própria terça-feira 23, com todas as superintendências da capital paulista: SR Sul, SR Centro, SR Norte e SR Leste, nas quais o Sindicato e a Apcef/SP cobraram a adequação do horário a jornada dos empregados, que já estão sobrecarregados pela falta de empregados e por metas abusivas. 

Os representantes da Caixa se comprometeram que não seriam todas as agências que abririam 8h, que haveria um escalonamento, com cerca de 30% das agências abrindo uma ou duas horas mais cedo. Também foi colocado pelo banco que os empregados seriam convidados a entrar mais cedo, de forma voluntária, respeitando cargas horárias e disponibilidade, e que a intenção do horário ampliado seria enfrentar as filas. 

Por sua vez, os representantes dos empregados reforçaram que existe uma heterogeneidade nas agências, em relação ao fluxo de usuários, e quem teria capacidade de lidar com isso é a própria gestão local e não a padronização nacional imposta pela Caixa. Além disso, questionaram também o caráter voluntário alegado pela Caixa para que os empregados entrassem duas horas mais cedo. 

“Quando a maior parte dos empregados já trabalha sob ameaça de descomissionamento, ameaças contra a sua carreira, o empregado não está em posição segura e confortável para negar o ‘convite’ do banco. Além disso, para sanar a questão das filas, se essa for mesmo a intenção da direção do banco, a Caixa poderia buscar outros caminhos que não sobrecarregar ainda mais seus empregados. Poderia fazer uma jornada das 8h às 18h, com dois turnos. Para isso, basta contratar empregados. Temos mais de 20 mil aprovados no último concurso aguardando contratação”

Tamara Siqueira, dirigente do Sindicato e empregada da Caixa

“Os empregados sabem, por experiência própria, que nas agências que por vezes abrem 7h, a população chega às 5h; quando abre 8h, o pessoal chega às 6h; quando abria às 10h, chegava 8h. Isso não vai mudar com essa confusão de horários promovida pela direção da Caixa. A população chega mais cedo porque é uma forma de garantir o atendimento nas agências onde faltam empregados e estrutura. Isso só vai mudar com o fim da redução de pessoal na Caixa”, acrescenta a dirigente. 

Protesto 

Na manhã desta quarta-feira 24, o Sindicato realizou protestos nas superintendências regionais SR Centro e SR Norte, contra o horário ampliado nas agências. Também ocorreram protestos, articulados com a Apecef/SP e Fetec/SP, nas SR Leste, em Guarulhos, e na SR Sul, no ABC, com a presença dos sindicatos locais. 

“Os protestos tiveram o objetivo de denunciar a insatisfação generalizada dos bancários com a verdadeira bagunça promovida pela direção do banco em suas vidas. A Caixa está impondo aos empregados uma situação absurda, que seria contornada com uma atitude simples: o retorno ao horário normal de atendimento, das 10h às 16h, ou se for o caso de colocar em prática uma ação realmente efetiva para sanar as filas nas unidades mais sobrecarregadas, a contratação de mais empregados para realizar o atendimento em dois turnos”, conclui Tamara. 

O empregado que se sentir de alguma forma ameaçado ou constrangido a entrar mais cedo, deve entrar em contato com o Sindicato. O sigilo é garantido. 

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