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Só no estado de São Paulo foram dispensadas hoje mais de 600 pessoas.
“Como será o Natal dessas famílias? Eu me pergunto se o banco que está gastando fortunas em publicidade, luzinhas e árvores de Natal, não poderia dar um presente melhor para o país que tão bem o acolheu”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Dentre os demitidos, há funcionários com mais de 25 anos de banco e pessoas adoentadas. “O Sindicato já está se mobilizando para reverter essas demissões”, destaca Marcolino.
O Santander comprou o Banespa em 2000. Desde então, as entidades representativas dos trabalhadores vêm conseguindo renovar um contrato de garantia de emprego que venceu em 30 de novembro último. “Fizemos de tudo para tentar renovar esse contrato. Mas o banco sequer nos recebeu para negociar, demonstrando sua total intransigência e seu descaso com os brasileiros”, aponta Paulo Salvador, diretor do Sindicato e funcionário do Banespa. “E ainda há uma absurda e cruel contradição: o Santander anunciou oficialmente que precisa contratar mil bancários. Está demitindo por quê?”, questiona o dirigente.
Até setembro deste ano, o Grupo Santander Banespa acumulou lucro de R$ 1,297 bilhões. O Brasil está dentre os países em que o banco tem seu melhor desempenho. “Os brasileiros mereciam mais consideração. O banco estrangeiro está aqui só para sugar, tem excelentes resultados, manteve a marca Banespa que é sinônimo de credibilidade, mas dispensa centenas de pais de família de uma só vez, em plena época de Natal”, destaca o presidente do Sindicato.
Dados – Do total de funcionários distribuídos entre os quatro bancos que compõem o Grupo Santander Banespa, 15.410 são do Banespa, 5.213 do Santander Brasil, 1.617 do Santander Meridional e 565 do Santander S/A. O Banespa foi privatizado e comprado pelo Santander em novembro de 2000, após seis anos de luta do Sindicato e outras entidades contra a privatização do Banco do Estado de São Paulo.
