São Paulo - O clima no departamento de câmbio no Centro Administrativo Tatuapé (CAT) do Itaú Unibanco, onde trabalham cerca de 500 pessoas, anda tenso. Muito tenso. Uma onda de demissões e assédios contra os que ali trabalham tem gerado ansiedade e temor nos funcionários da área.
De acordo com o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú Unibanco Sérgio Francisco a situação é resultado de uma política desastrosa da empresa, o que rendeu ao banco o nada pomposo título da São Pilantra de 2011. “As pessoas chegam para trabalhar já esperando não encontrar outros colegas de trabalho e com receio de serem os próximos a ser demitidos”, relata.
Ele conta que, para piorar, os funcionários estão sendo humilhados pelos gestores no momento do desligamento. “Há relatos de assédios com frases do tipo ‘um deficiente produz muito mais que você’ ou ainda ‘você é o funcionário mais caro do setor mas seu rendimento é muito baixo’”.
‘Como sucata’ - Sérgio diz que as pessoas “estão sendo descartadas como sucatas sem utilidade nenhuma” e cobra o banco. “Desde a fusão o programa de realocação não tem funcionado. É preciso estancar as demissões na área e tratar os funcionários com mais respeito e dignidade”.
Todos os trabalhadores que se sentirem assediados devem relatar ao canal de denúncias de assédio moral do Sindicato. O anonimato do denunciante é garantido.
Marcelo Santos - 29/12/2011