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São Paulo – A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu 10,1 pontos percentuais de outubro para novembro, e atingiu 415,3% ao ano, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados na terça-feira 22.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 3,5 pontos percentuais - para 134,8% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 284,8% ao ano em novembro, com alta de 6,7 pontos percentuais em relação a outubro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,4 ponto percentual, para 28,4% ao ano.
A taxa do crédito pessoal, excluídas as operações consignadas, caiu 8,9 pontos percentuais, para 120,4% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,1 ponto percentual, para 64,8% ao ano. A taxa de juros para as empresas ficou estável em 30,2% ao ano.
A inadimplência das famílias (pessoas físicas), considerados atrasos superiores a 90 dias, permaneceu em 5,8%. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual, para 4,5%.
“Os bancos no Brasil continuam praticando juros altíssimos, o que dificulta o crédito, fundamental para impulsionar a economia. Dessa forma, deixam de cumprir sua função social de promover a circulação do dinheiro. Além do mais, com os lucros nas alturas, os bancos poderiam baixar juros e ganhar na ampliação das operações de empréstimo”, diz a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. Ela lembra que apenas nos primeiros nove meses deste ano, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 54,3 bilhões, um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2014, quando ganharam R$ 45,2 bilhões.
Crédito direcionado – Os dados de juros citados acima são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas caiu 0,5 ponto percentual, para 10,6% ao ano. No caso das famílias, houve aumento de 0,1 ponto percentual, com taxa em 10% ao ano.
A inadimplência do crédito direcionado subiu 0,1 ponto percentual tanto para empresas quanto para pessoas físicas e ficou, respectivamente, em 0,9% e 2,2%.
O saldo de todas as operações de crédito, livre e direcionado, chegou a R$ 3,176 trilhões em novembro, com crescimento de 0,6% no mês e de 7,4% em 12 meses. O saldo do crédito livre ficou em R$ 1,614 trilhão e do direcionado em R$ 1,562 trilhão.
No total, o saldo das operações de crédito correspondeu a 53,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em relação a outubro, houve alta de 0,1 ponto percentual nessa relação entre crédito e PIB.
Redação, com informações da Agência Brasil – 22/12/2015
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 3,5 pontos percentuais - para 134,8% ao ano.
A taxa do cheque especial chegou a 284,8% ao ano em novembro, com alta de 6,7 pontos percentuais em relação a outubro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,4 ponto percentual, para 28,4% ao ano.
A taxa do crédito pessoal, excluídas as operações consignadas, caiu 8,9 pontos percentuais, para 120,4% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,1 ponto percentual, para 64,8% ao ano. A taxa de juros para as empresas ficou estável em 30,2% ao ano.
A inadimplência das famílias (pessoas físicas), considerados atrasos superiores a 90 dias, permaneceu em 5,8%. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual, para 4,5%.
“Os bancos no Brasil continuam praticando juros altíssimos, o que dificulta o crédito, fundamental para impulsionar a economia. Dessa forma, deixam de cumprir sua função social de promover a circulação do dinheiro. Além do mais, com os lucros nas alturas, os bancos poderiam baixar juros e ganhar na ampliação das operações de empréstimo”, diz a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. Ela lembra que apenas nos primeiros nove meses deste ano, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 54,3 bilhões, um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2014, quando ganharam R$ 45,2 bilhões.
Crédito direcionado – Os dados de juros citados acima são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as empresas caiu 0,5 ponto percentual, para 10,6% ao ano. No caso das famílias, houve aumento de 0,1 ponto percentual, com taxa em 10% ao ano.
A inadimplência do crédito direcionado subiu 0,1 ponto percentual tanto para empresas quanto para pessoas físicas e ficou, respectivamente, em 0,9% e 2,2%.
O saldo de todas as operações de crédito, livre e direcionado, chegou a R$ 3,176 trilhões em novembro, com crescimento de 0,6% no mês e de 7,4% em 12 meses. O saldo do crédito livre ficou em R$ 1,614 trilhão e do direcionado em R$ 1,562 trilhão.
No total, o saldo das operações de crédito correspondeu a 53,8% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em relação a outubro, houve alta de 0,1 ponto percentual nessa relação entre crédito e PIB.
Redação, com informações da Agência Brasil – 22/12/2015