São Paulo – A síndrome de burnout, infelizmente, é uma velha conhecida de muitos bancários. Por isso, é extremamente importante atentar aos sinais para preservar a saúde física e mental frente aos desgastes cotidianos no ambiente de trabalho.
O psicólogo Pedro Del Picchia explica a síndrome foi descrita na década de 70 em casos em que a pessoa vive para o trabalho e acaba sendo consumida por ele devido ao medo de perder o emprego, às pressões do dia a dia e à instabilidade do mercado. O especialista alerta que o burnout é um problema silencioso, que vai se desenvolvendo aos poucos.
“Diferente do pânico, em que há uma crise que muitas vezes é até mesmo confundida com um enfarte, no burnout não há um estopim, a pessoa vai se levando”, diferencia. “A base da síndrome é exatamente a desconexão consigo mesmo. Diferente de uma depressão, onde a pessoa acaba ficando "parada" ou uma crise do pânico que é bastante clara, o burnout é uma situação silenciosa que vai minando a pessoa, pouco a pouco”, completa.
Pedro observa que vem crescendo o número casos de pessoas desenvolvendo o problema. Ele conta que muitas vezes o paciente é orientado pelos amigos a tirar férias, para que o desconforto possa passar.
“Não basta tirar férias, mas, principalmente, conseguir efetivamente aproveitar as férias. Muitas vezes a pessoas até se sente culpada por não estar trabalhando, mesmo quando não está no local de trabalho. É nisso que a psicoterapia é bastante recomendada. Uma hora por semana para poder parar, um processo de descompressão, sem obrigações, vitórias ou julgamentos. A utilização de medicação, em casos mais extremos, também é valida e deve, necessariamente, ser feita por um psiquiatra”, destaca.
O psicólogo cita também, alguns dos sintomas aos quais o trabalhador deve se atentar para buscar ajuda profissional. Dentre os principais, estão: falta de apetite; dificuldade para dormir; dificuldade de concentração; perda de atenção e produtividade; dificuldade de levar as tarefas a cabo.
O secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Carlos Damarindo, alerta que os bancários devem ficar atentos à sua saúde, e denunciar ao Sindicato situações exaustivas e prejudiciais ao bem-estar.
“Mais do que nunca é importante fortalecer a luta do Sindicato por melhores condições de trabalho pois, com a reforma trabalhista, a situação tende a piorar. Temos uma CCT com cláusulas que trazem segurança para o bancário, e quem vai dar suporte aos trabalhadores é o Sindicato. É importante não confiar só na empresa e buscar auxílio na entidade”, alertou o dirigente.
Bancários que se sentirem prejudicados em sua saúde física e mental devido a situações extremas no trabalho devem entrar em contato imediatamente com o Sindicato. É possível realizar denúncias por intermédio da ferramenta Assuma o Controle e buscar orientações na Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho pelo 3188-5200. Você também pode consultar o Departamento Jurídico para futuras reparações, ou tirar dúvidas pelo WhatsApp (11) 97593-7749.
Consulta – Pedro Del Picchia atua na Clínica Claritas, que oferece atendimentos em psicologia, nutrição e cardiologia com 30% de desconto para bancários sindicalizados. Para atendimentos em psiquiatria, sócios do Sindicato têm 15% de desconto. Se você ainda não é associado, faça já sua sindicalização.
A Clínica Claritas fica na Rua Marinho Falcão, 23, Sumarezinho. Outras informações pelo 4253-3302 ou pelo 97797-6325.
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