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Caixa: Sindicato denunciará assédio de Pedro Guimarães ao MPT, e mobilização contra abusos aumenta

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Foto do evento Nação Caixa, acompanhada do logo da Caixa e dos dizeres "assédio não"

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, junto com Contraf-CUT e Fenae, irá realizar nova denúncia ao MPT (Ministério Público do Trabalho) contra o assédio moral na Caixa. O Sindicato ainda irá incluir em denúncia contra o assédio moral institucional praticado pela direção do banco público, feita também ao MPT, impetrada no início de 2020 pela Apcef/SP, a situação extremamente constrangedora imposta aos funcionários de alto escalão pelo presidente do banco público, Pedro Guimarães, durante o evento Nação Caixa, que reuniu gestores para apresentação de resultados e metas para 2022. 

Empregado da Caixa, não tolere assédio! Derrotamos o descomissionamento sumário!

Na ocasião, Pedro Guimarães fez com que vice-presidentes e diretores fizessem flexões no palco do evento, gesto repetido por parte dos gestores presentes na plateia. O presidente da Caixa também constrangeu outros empregados a fazerem “estrelas” no palco. 

“A conduta de Pedro Guimarães durante o Nação Caixa é a prova cabal do assédio moral praticado institucionalmente pela atual direção do banco contra seus empregados, e será incluída na nossa denúncia, feita em conjunto com a Apcef/SP, que já corre desde janeiro de 2020, que aponta outras situações como, por exemplo, o assédio moral praticado para que os empregados vendessem ações da Caixa Seguridade.”

Dionísio Reis, diretor do Sindicato e empregado da Caixa

De acordo com Dionísio, além da denúncia ao MPT contra a conduta assediadora de Pedro Guimarães durante o Nação Caixa, o Sindicato e demais entidades representativas dos empregados, como Apcef/SP e Fenae, vão aumentar a mobilização dos trabalhadores contra os recorrentes abusos cometidos pela direção do banco público. 

“Na próxima semana, o Sindicato realizará, junto com a Apcef/SP, uma grande plenária com os empregados para debatermos condições de trabalho e encaminharmos os próximos passos da nossa luta. Além disso, no dia 12 de janeiro, aniversário da Caixa, realizaremos protestos para denunciar o desmonte do banco público e os abusos cometidos pela atual direção, sob ordens do governo Bolsonaro, contra os empregados, os verdadeiros responsáveis por fazer da Caixa uma instituição tão importante para o país e a sua população. O assédio moral praticado por Pedro Guimarães no Nação Caixa, sem sombra de dúvida, jogou gasolina na nossa mobilização”, enfatiza o diretor do Sindicato. 

Pedro Guimarães mancha a imagem da Caixa

O assédio moral praticado por Pedro Guimarães durante o Nação Caixa ganhou as manchetes dos principais veículos de comunicação do país. 

"Ministério Público do Trabalho afirma que o presidente da Caixa pode responder por dano moral ao mandar funcionário fazer flexão de braço", informou o jornal O Globo

Presidente da Caixa imita gesto de Bolsonaro e põe funcionários para fazer flexões em São Paulo”, noticiou o jornal O Extra

Presidente da Caixa constrange  funcionários e manda bancários fazerem flexões”, cravou na manchete o portal Ig

Presidente da Caixa coloca funcionários para fazer flexões em evento em Atibaia, SP”, manchetou o portal G1

De acordo com Dionísio Reis, além de configurar assédio moral, a conduta de Pedro Guimarães manchou a imagem da Caixa perante a população e impactou negativamente na credibilidade do banco público. 

“Não é novidade para os empregados da Caixa e para suas entidades representativas a conduta de Pedro Guimarães, que tem focado seus esforços mais em se viabilizar com parte do eleitorado para 2022, se espelhando em Jair Bolsonaro, do que fortalecer o banco público, seu papel social, e oferecer condições de trabalho adequadas aos seus empregados. De fato, Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro se assemelham em muitos aspectos. Ambos não possuem a necessária competência e responsabilidade para os cargos que ocupam. Bolsonaro destrói a credibilidade do Brasil e Pedro Guimarães a da Caixa. Nossa luta, dos empregados da Caixa, do movimento sindical, é para que ambos não tenham sucesso em seus projetos de destruição”, conclui Dionísio. 

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