Em defesa da democracia e contra a anistia para golpistas. Foi com esse mote que o Sindicato dos Bancários, juntamente com outros movimentos sociais e entidades sindicais, ocupou a Avenida Paulista nesta terça-feira, dia 10 de dezembro.
O ato foi aberto às 17h, no vão livre do MASP, e teve como foco a defesa da democracia perante os planos golpistas recentemente revelados pela Polícia Federal, que incluíam os assassinatos do presidente Lula, do seu vice Geraldo Alckmin e do Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, em conjunto com a CUT São Paulo, a manifestação também levantou a bandeira "sem anistia para golpistas". O objetivo é combater as propostas de anistia para envolvidos nas tentativas de golpe de Estado, levantadas por parlamentares e lideranças da direita e da extrema direita.
"Além do 8 de janeiro, agora temos conhecimento de uma trama para matar o presidente Lula e perseguir opositores. Durante a ditadura iniciada em 1964, houve uma anistia que permitiu que militares e civis envolvidos no golpe e em violações dos direitos humanos estejam até hoje livres e conspirando contra a democracia. Não podemos permitir que isso se repita", enfatiza Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Ivone Silva, vice-presidenta da CUT SP e ex-presidenta do Sindicato, reforçou o combate à impunidade para os golpistas.
"É importante a sociedade se manifestar contra essa tentativa de golpe. Essas pessoas não podem ficar impunes. Estamos aqui hoje para cobrar a punição dessas pessoas. Com democracia não se brinca. A democracia é fundamental para os trabalhadores, para que seus direitos não sejam retirados", afirma Ivone.
Pauta da classe trabalhadora
A melhora nas condições de vida da classe trabalhadora, a justiça tributária e os direitos das mulheres também estiveram na agenda dos manifestantes. Confira os pontos de pauta:
- Redução da jornada de trabalho, sem redução de salários! Não à escala 6X1!
- Valorização do salário mínimo e das aposentadorias
- Taxação dos super ricos
- Garantia de investimentos na Saúde e na Educação, sem redução de gastos
- Contra o PL do estupro
- Contra o genocídio da juventude negra
- Redução da taxa de juros
"Estamos lutando contra uma série de ataques aos nossos direitos e também em defesa de pautas importantes para a classe trabalhadora. Essas pautas são combatidas justamente por aqueles que atentam contra nossa democracia. Por isso, todas as bandeiras do ato de hoje estão conectadas e são fundamentais para um país mais justo", analisa Neiva Ribeiro.