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Inflação medida pelo IGP-DI subiu 5% em 2011

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Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, medido pela FGV, teve variação negativa em dezembro
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Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve queda e registrou taxa de -0,16% em dezembro. O resultado é mais baixo do que o registrado um mês antes, 0,43%. Com isso, o indicador acumula no ano alta de 5%.

De acordo com dados divulgados na segunda 9 pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de -0,55%, depois de ter subido 0,34% em novembro. Caíram os preços de alimentos processados (de 1,62% para -0,28%), minério de ferro (de -0,36% para -7,48%), bovinos (de 5,27% para -2,55%) e milho em grão (de -1,67% para -4,90%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,79%, mais do que no mês anterior (0,53%). Cinco das sete classes de despesa registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para alimentação (de 0,78% para 1,65%). As principais contribuições partiram de carnes bovinas (de 3,20% para 4,72%), laticínios (de -1,10% para 0,25%) e arroz e feijão (de -0,70% para 3,75%).

Último índice a compor o IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em dezembro, taxa de 0,11%, abaixo do resultado do mês anterior, 0,72%. Dois dos três grupos diminuíram: materiais e equipamentos (de 0,24% para 0,16%) e mão de obra (de 1,19% para 0,01%). Por outro lado, os gastos com serviços aumentaram (de 0,23% para 0,40%).

Para calcular o IGP-DI foram coletados preços entre os dias 1º e 31 de dezembro.

2012 - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), também da FGV, iniciou o ano de 2012 com alta de 0,93% - variação 0,14 ponto percentual acima da apurada no encerramento de dezembro (0,79%). Essa foi a taxa mais elevada desde maio de 2011 quando o IPC-S havia ficado em 0,96%.

Quatro dos sete grupos pesquisados apresentaram aumentos em índices superiores aos registrados na medição anterior. A maior variação foi constatada em alimentação que passou de 1,65% para 1,92%. Neste grupo, os destaques foram as hortaliças e os legumes com correção de 4,48% ante 0,58%. Em educação, leitura e recreação houve alta de 1,38% ante 0,42%. Entre os motivos está o reajuste de preços dos cursos formais  (de 0% para 2,07%).

No grupo transportes, a taxa atingiu 0,61% ante 0,59% sob a pressão do aumento na tarifa de ônibus urbano (de 0,02% para 0,53%). Já em despesas diversas foi verificada uma leve alta com a taxa passando de 0,11% para 0,14%. Nesse caso houve influência da ração animal que, apesar de ter se mantido em queda (-0,24%), já dá sinais de recuperação uma vez que, na pesquisa anterior, havia apresentado redução de -1,42%.

Nos demais grupos, as elevações ocorreram com taxas inferiores ao último levantamento: vestuário (de 1,03% para 0,55%); saúde e cuidados pessoais (de 0,68% para 0,65%) e habitação (de 0,27% para 0,25%).

Os cinco itens que mais contribuíram para o avanço inflacionário foram: mamão papaya (de 21,49% para 11,98%); alcatra (de 6,48% para 6,37%), tomate (de 0,45% para 8,89%), curso de ensino superior (de 0% para 1,54%) e curso de ensino fundamental (de 0% para 2,59%).


Agência Brasil - 9/1/2012

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