São Paulo – Bancários só podem desempenhar suas funções com segurança. E para haver essa proteção, segundo a Lei 7.102/83, é necessária a presença de, no mínimo, dois vigilantes em cada unidade das instituições financeiras.
Nesta sexta-feira 1º os vigilantes realizam o Dia Nacional de Luta com paralisação de 24 horas que poderá acarretar greve por tempo indeterminado. O motivo é o não pagamento, por algumas empresas, do adicional de periculosidade de 30%, aprovado em lei no início deste ano.
“O Sindicato apoia essa luta por melhores condições de trabalho desses profissionais que arriscam suas vidas para proteger clientes e bancários”, ressalta a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares.
Em alguns estados, os bancos já foram notificados sobre a paralisação. Em São Paulo, o Sindicato conta com o apoio dos bancários para denunciar agências em funcionamento sem segurança. “Dirigentes sindicais percorrerão os locais de trabalho para averiguar a responsabilidade dos bancos que, em caso de paralisação, devem fechar a unidade para não colocar em risco a vida de trabalhadores e clientes. É importante que os bancários entrem em contato com o Sindicato para denunciar casos de agências abertas sem o número mínimo de vigilantes”, alerta a dirigente sindical.
As denúncias devem ser feitas pelo 3188-5200.
Em São Paulo – A Associação dos Vigilantes e Similares do Estado de São Paulo (APVSSESP) realizou na quinta-feira 31, às 19h, assembleia em frente à Câmara Municipal de São Paulo para definir a participação dos vigilantes da cidade na paralisação nacional pelo cumprimento imediato da Lei 12.740 e pagamento dos 30% do adicional de risco de vida. Segundo o presidente da APVSSESP, Divaldo Soares, conhecido como Mineirinho, não ocorrerá a paralisação nesta sexta-feira em São Paulo, porém, caso o adicional de 30% não seja pago no dia 5 de fevereiro, próxima terça-feira, uma nova assembleia no dia 8 será realizada para decidir se haverá greve.
Bancos e multas – Em 2012 a Polícia Federal multou 13 bancos em R$ 3,557 milhões por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e outras normas de segurança. A penalidade foi anunciada durante as três reuniões do ano da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp). Dentre as principais irregularidades cometidas pelas instituições financeiras destaca-se o número insuficiente de vigilantes.
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Gisele Coutinho – 31/1/2013
(Atualizado em 1º de fevereiro, às 10h20)
