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Bancos demitiram e reduziram salários em 2013

Linha fina
Dados divulgados pelo Caged mostram fechamento de mais de 4,3 mil postos de trabalho e redução de 37,3% no salário entre desligados e admitidos
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São Paulo – Enquanto o Brasil terminou o ano com saldo positivo de mais de um milhão de novos postos de trabalho, os bancos foram na contra mão e, apesar dos altos lucros, “conseguiram” fechar o ano demitindo mais do que contratando. Além disso, reduziram os salários dos novos funcionários em comparação com os dos desligados.

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram desligados 42.892 trabalhadores em 2013 e contratados 38.563, saldo negativo de 4.329. O número não foi pior por conta da Caixa Federal, único dentre os principais bancos a contratar mais que demitir, registrando saldo positivo de 5.486.

Em outras palavras, desconsiderando-se a Caixa, o saldo negativo do grupo onde se enquadram os outros cinco maiores bancos do país – Itaú, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Bradesco – bateu nos 10.109. O estudo considera ainda os dados de instituições menores, com saldo positivo de 294 postos.

“Vale lembrar que o movimento de contratação da Caixa Federal passa pela pressão dos empregados, que após muita luta conquistaram em Campanha Nacional o compromisso do banco de contratar empregados”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Rotatividade – Além de não repor integralmente o número de profissionais desligados, o que gera ainda mais sobrecarga de trabalho para os que permaneceram, os bancos reduziram em 37,7% os salários dos novos contratados em comparação com os dos que deixaram as empresas.

O perfil dos demitidos e dos admitidos também evidencia essa postura, já que foram abertas 9.757 vagas para trabalhadores entre 17 e 29 anos e fechadas 14.086 ocupadas por quem tem mais de 30 anos.

“É justamente nas faixas etárias mais elevadas onde estão os maiores salários do setor e, por essa razão, os bancos demitem os mais velhos para economizar, ignorando completamente os males que isso leva para um ou uma chefe de família”, acrescenta a presidenta.


Redação – 22/1/2014

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