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Alta de Selic é mais um elemento a frear a economia

Linha fina
Sindicato é contra o aumento da taxa de juro oficial da economia que só favorece o rentismo
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São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou mais uma vez a taxa básica de juros (Selic). Ao encerrar a primeira reunião do ano, na noite de quarta 21, decidiu por um aumento de meio ponto percentual, levando a Selic a 12,25% ao ano, no maior nível desde julho de 2011 (12,5%). A decisão foi unânime e sem viés, afirmou em nota o Banco Central, e foi tomada “avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação”.

Apenas nas três últimas reuniões, o Copom aumentou os juros em 1,25 ponto. Desde que retomou o ciclo de altas, em abril de 2013, a elevação acumulada é de cinco pontos, de 7,25% (o menor nível histórico) para 12,25%.

Assim, o Brasil adota a segunda maior taxa real de juros do mundo e transfere cerca de 6% do PIB para o pagamento de serviço da dívida pública, cujos maiores detentores são os bancos.

“Defendemos um projeto de governo que alia o crescimento econômico ao desenvolvimento com vistas ao fim da desigualdade social”, afirma Ivone Maria da Silva, secretária-geral do Sindicato. “A seguir nesse rumo, com medidas que estão mais preocupadas com o bom humor do mercado, só ganham os rentistas e o país pode comprometer tudo que foi feito nesses últimos anos e se mostrou tão acertado. Enquanto o mundo inteiro sofria com a crise que gerou milhões de desempregados e recessão econômica, o Brasil manteve um certo equilíbrio. Temos de avançar para melhorar e não retroceder”, ressalta a dirigente, lembrando que os trabalhadores irão às ruas no próximo dia 28, em dia nacional de luta por seus empregos e direitos.

“O governo assinalou disposição em negociar com as centrais sindicais. Vamos cobrar coerência nessa negociação, com o projeto político e econômico que venceu as eleições em 2014”, completa Ivone.

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Cláudia Motta - 22/1/2015

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