São Paulo – "É inaceitável que o governo comece a colocar em prática a agenda da direita, derrotada nas eleições. Vamos continuar a pressão para impedir a implantação de políticas recessivas e não vamos permitir que as conquistas dos últimos 12 anos sejam colocadas em risco", diz a executiva da CUT, em nota divulgada na tarde de quina 22, em resposta à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 12,25% ao ano. "Mais uma decisão lamentável do governo neste início de ano", afirma a central.
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Para a entidade, o aumento dos juros, somados às medidas que restringem direitos sociais e o anúncio de ajustes fiscais representam "um prenúncio de desemprego e desaceleração do desenvolvimento" do país. "Com o aumento da Selic, mais uma vez o governo empurra a conta para a classe trabalhadora", diz a direção cutista. "Com os juros altos, o consumo cai, a produção diminui e o desemprego aumenta; a desigualdade social cresce, o desenvolvimento cessa e o país retrocede."
A CUT questiona a afirmação oficial de que os ajustes serão com "o menor sacrifício possível". "Só se for dos banqueiros, dos rentistas e dos detentores de grandes capitais, que têm interesse, sempre, em aumentar cada vez mais seus lucros. Conter a inflação não pode significar aumentar o desemprego. Essa fórmula foi usada durante décadas em nosso país e sempre resultou em arrocho e recessão."
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Rede Brasil Atual - 22/01/2015