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Governo e centrais voltam a debater medidas

Linha fina
Reunião na terça-feira 3 dará continuidade às negociações sobre MPs que restringem direitos como seguro-desemprego, pensão por morte, abono salarial
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São Paulo – Ministros do governo federal e dirigentes das seis principais centrais sindicais do país voltam a se reunir para debater as Medidas Provisórias 644 e 645 que comprometem direitos trabalhistas como pensão por morte, auxílio-doença, seguro-desemprego, abono salarial.

Devem participar deste segundo encontro, na terça-feira 3, em São Paulo, os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), Carlos Gabas (Previdência Social), Nelson Barbosa (Planejamento, Orçamento e Gestão) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego) e os dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A primeira reunião foi realizada no dia 19 de janeiro e terminou com o compromisso, por parte do governo, de “construir o máximo acordo possível”, segundo Rossetto.

“Não há nenhuma alteração dos nossos compromissos sociais. O que acontece é que, para que possamos continuar com essa agenda de desenvolvimento, é necessário fazermos alguns ajustes”, afirmou o ministro em bate-papo com blogueiros na quinta-feira 29.

Para os dirigentes sindicais, no entanto, esses ajustes colocam em risco direitos conquistados. “Se o governo quer fazer superávit, deve taxar as grandes fortunas e não tirar dos trabalhadores”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

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Protestos – Para as centrais, as medidas adotadas até agora prejudicam não só os empregados, mas a economia do país. Esse foi o recado dado nas ruas, na quarta-feira 28, em Dia Nacional do Luta em Defesa dos Direitos e Empregos.

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O ato foi uma introdução a outros que devem acontecer e têm por objetivo pressionar o governo e mobilizar a sociedade em defesa do projeto que venceu as eleições em 2014 e deve ser colocado em prática. A marcha da classe trabalhadora, por exemplo, já está marcada para 26 de fevereiro.

A CUT agendou, ainda, mobilizações no Congresso e na Esplanada dos Ministérios, a partir de fevereiro, para receber os parlamentares que serão empossados e acompanhar o início do ano no Legislativo.


Redação - 30/1/2015
(Atualizado às 19h17 de 2/2/2015)

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