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Professores estaduais iniciam campanha salarial

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Além do ato, sindicato da categoria se reúne para definir pauta de mobilização nos próximos meses e aponta para a possibilidade de greve
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São Paulo – Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo farão ato nesta quinta-feira 29, às 17h, na Praça da República, no centro da capital, contra a falta de negociação do reajuste salarial com o governo Geraldo Alckmin (PSDB). Também será definido um calendário de mobilização para os próximos meses.

"Deve ser um calendário para organizar uma greve, porque, de fato, não existe nenhuma perspectiva de reajuste, até pelo contrário. O governo tem sinalizado cortes na secretaria, como no orçamento geral do estado", afirma o secretário de Comunicação da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Roberto Guido, em entrevista na terça 27 à Rádio Brasil Atual.

> Áudio: ouça a reportagem completa da Rádio Brasil Atual

Na greve realizada em 2010, a categoria saiu vencedora com uma lei que estabeleceu reajustes para os quatro anos seguintes. Guido conta que, no entanto, houve cortes no orçamento da Secretaria da Educação nesse período. E para para fechar as contas de 2014, a secretaria teve de usar verbas previstas para serem aplicadas em 2015, reduzindo ainda mais o orçamento. Por isso, o governo paulista não prevê correção dos salários neste ano.

A Lei Nacional do Piso reajustou em 13% o piso salarial dos professores em todo o país. Com isso, o piso dos professores paulistas com 40 horas de trabalho semanal iria de R$ 1.697,39 para R$ 1.917,78. Segundo o Dieese, se não  houver recuperação do piso salarial de São Paulo, a remuneração do professor do estado mais rico do país será menor do que o piso nacional em 2016.

"O piso salarial nacional está sendo reajustado em uma velocidade, dimensão e proporção que objetiva, não só repor perdas, mas recuperar a função social da remuneração do professor. Como não se tem uma política equivalente aqui no estado, o piso de São Paulo cada vez mais se aproxima do piso nacional, que é menor", explica Guido.

A Apeoesp reivindica também, com uma ação no Supremo Tribunal Federal, que o governo do estado de São Paulo cumpra a jornada do piso, que determina um terço da carga horária para atividades extraclasse, como preparação de aulas, atendimento ao aluno e aprimoramento da formação.


Rede Brasil Atual - 29/1/2015
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