A agência do Banco do Brasil em Guaianazes, zona leste de São Paulo, é a síntese da política de desmonte que vem tomando conta do banco público nos últimos anos. Quem precisa ir à unidade, localizada na Rua Salvador Gianetti, enfrenta longas filas causadas pela falta de funcionários, além da precariedade das estrutura física – o que gera, inclusive, sensação de insegurança.
Em agosto passado, o Sindicato realizou um protesto no local para cobrar mais bancários na agência. Agora, o jornal do bairro também está cobrando melhorias.
O jornal ressalta que a agência não tem banheiros nem bebedouros. Também não há divisórias entre os caixas ou tapumes, o que seria de grande importância para a segurança e privacidade dos clientes. “Pior ainda é que só funcionam três caixas – e no decorrer do expediente, apenas dois ficam atendendo”, diz o texto da nota.
“Todos os problemas levantados pela reportagem são cobranças que o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vem fazendo há muito tempo. A agência de Guaianazes precisa ser urgentemente ampliada e ter mais funcionários para atender à demanda da região tão populosa da cidade, mas que é tão desrespeitada pelo Banco do Brasil”, afirma o dirigente sindical Renato Augusto Carneiro, que também é bancário do BB.
O dirigente lembra que a agência é a única do bairro, e que os problemas enfrentados tanto pelos bancários quanto pela população são consequência do sucateamento que o banco vem sofrendo.
“Isso é resultado da política de fechamento de agências e redução de pessoal, ocasionando superlotação nas agências remanescentes e sobrecarga de trabalho para os bancários, principalmente nas regiões mais afastadas, como é o caso. É necessária a unidade entre bancários, demais trabalhadores e clientes, para pressionar o banco a resolver a situação o mais rápido possível”, completou.