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Chapéu
Demora

Mais de 500 mil pessoas aguardam para entrar no Bolsa Família

Linha fina
Corte de recursos do governo federal e carência de servidores públicos impõem uma espera de até seis meses para ingressar no programa
Imagem Destaque
REPRODUÇÃO / TVT

Graças ao Bolsa Família, criado no governo Lula, milhares de brasileiros conseguiram sair do mapa da fome e da miséria. Mas com o governo Bolsonaro, o programa está sob ameaça e quem sente os efeitos é a população de baixa renda, como mostra reportagem de Camila Piacesi, na edição de quinta-feira 30, do Seu Jornal, na TVT.

Mais de 500 mil pessoas estão na fila para entrar no programa Bolsa Família. A exclusão é grande por causa dos cortes de recursos do governo federal e as pessoas não conseguem nem sequer marcar atendimento. “O governo federal está em uma política de contenção de gastos e isso tem repercutido de forma muito profunda, muito negativa nos setores sociais”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores de Assistência Social e Cultural no GDF, Clayton Avelar.

“As pessoas são contempladas com o Bolsa Família, elas têm direito de receber, elas se enquadram nos critérios de assistência social, mas o benefício está demorando em torno de seis meses para que chegue efetivamente ao destino certo”, afirma Avelar.

Outro motivo que concorre para a exclusão é a falta de servidores públicos para atender a crescente demanda social, denuncia o sindicato. “As pessoas têm tido muita dificuldade para conseguir o atendimento na assistência social por causa da falta de servidores”, diz Avelar.

Diante desse cenário, milhares de famílias tentam agendar o atendimento para se inscrever no cadastro único do programa. A manicure Liliane Celestina diz que faz dois anos que tenta agendar o ingresso. “Toda vez que eu ligo, eles dizem que não tem agendamento, é bem complicado”.

O Bolsa Família é uma porta de combate à fome, à miséria. “A partir do momento em que eu comecei a receber o Bolsa Família, foi muito importante porque dava para suprir pelo menos o básico”, afirma o agente social Rogério Barba. “Era pouco, mas com esse pouco que eu ganhava me ajudava na alimentação e até mesmo no transporte para procurar trabalho”, defendeu.

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