Bancárias e bancários do Banco do Brasil realizaram, nesta quinta-feira 21, um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. Além de atos nas unidades do banco, os trabalhadores também fizeram tuitaço, com a hashtag #MeuBBValeMais. O calendário de mobilizações se estenderá até a paralisação de 24 horas no dia 29.
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“Estamos percorrendo os locais de trabalho para ouvir as questões que os bancários têm nos colocado. Os próprios trabalhadores têm sugerido, desde o dia 15, tuitaços, dia nacional de luta, uso de roupa preta em luto, e paralisação. Tudo isso é o caldo para construir uma possível greve contra mais este ataque ao BB, mas para isso são necessárias unidade e mobilização da categoria”, explicou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.
No dia 29 será realizada uma paralisação nacional de 24 horas e atuação organizada nas mídias sociais.
Dia Nacional de Luta
O ato nacional desta quinta-feira 21 teve, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens.
Em São Paulo, as atividades se concentraram em agências da zona Leste, que foram palco de diálogo com bancários e com a população sobre os resultados de uma nova reestruturação que pretende fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, demitir 5 mil bancários e descomissionar centenas de funções .
“Reforçamos à população que menos agências significa precarização do atendimento, especialmente para os mais idosos e mais vulneráveis, que muitas vezes não têm outro canal bancário”, relata a dirigente sindical e bancária do BB Adriana Ferreira.
“Fechamento de agências físicas também irá impedir o atendimento bancário a milhares de brasileiros de pequenos municípios pelo Brasil que só contam com o BB”, acrescenta.
“Os bancários sabem que o corte de 5 mil postos irá levar a sobrecarga de trabalho, que já é absurda, além de causar muitos descomissionamentos com redução salarial; e prejudicar o atendimento e o papel social de um banco público”, afirma a dirigente.
Mais lucro, menos funcionários e agências
Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro em 16%.
“Estes números refletem o movimento pelo qual o Banco do Brasil está passando: redução de funcionários e de agências e aumento dos lucros, o que só irá prejudicar trabalhadores e sociedade, em benefício de alguns acionistas. É imperativo lutar contra este desmantelamento da função pública e social que o Banco do Brasil tem o dever de executar”, finaliza Adriana Ferreira.
#MeuBBValeMais
A atividade nacional também tomou as redes sociais, em uma ação importante para fazer o tema chegar à opinião pública.
O BB não precisa cortar funções e fechar agências. Os funcionários e a população pedem RESPEITO!#MeuBBvalemais pic.twitter.com/hlMzOtuxmd
— Luiza H (@HansenDos) January 21, 2021
Entre 2016 e 2019 o lucro líquido ajustado do BB
— Luza Rodrigues (@luzarodrigues) January 21, 2021á
Apresentou crescimento de 122%
Passando de R$ 8,033 bilhões em 2016
Para R$ 17,848 bilhões em 2019. #MeuBBValeMais https://t.co/6uHwkb1cfO